Folha de S.Paulo

Daciolo diz que não prega armas e que é a favor do Estado laico

- Joelmir Tavares

são paulo Enquanto rivais se exibiam, Cabo Daciolo (Patriota-RJ) desaparece­u. Passou 21 dias orando em um monte no Rio. Desceu para participar do debate realizado por Folha, UOL e SBT, na quarta (26).

O deputado ficou conhecido ao liderara greve dos bombeiros doestado em 2011. Estreante nacorridap residencia­l, deu alívio cômico aos debates, com gritos de “glória a Deus” e “nação brasileira”, além de críticas aos rivais( todos“amiguinhos ”).

Como o sr. responde à teoria de que entrou na eleição para ser escada para Jair Bolsonaro? Ah, meu irmão, isso não existe.

O sr. considera ter alguma semelhança com ele? Eu busco e eu tenho como referência Jesus Cristo. O que eu prego é amor e eu quero levar o povo a clamar a Deus.

O sr. quer dizer que outros candidatos não pregam

amor? Não... Eu tenho a minha postura. Minha busca é em tratar as pessoas da maneira que nós gostaríamo­s de ser tratados. Sou bombeiro militar, eu não prego armas não. Não prego armar a população. Bandido bom para mim é bandido lavado e remido no sangue do Sr. Jesus Cristo. A melhor arma que o povo pode ter é a Bíblia. Não como religião, mas livro de consulta. Para aliviar seus corações.

O que o sr. pensa do Estado

laico? Sou a favor. É liberdade de expressão religiosa. Não prego religião, só falo de Jesus. Ministro a palavra de Deus.

O sr. fez o oposto dos demais candidatos, que priorizara­m campanha de rua e buscaram aparecer na mídia. Foi uma estratégia acertada? Com certeza. Eles nunca aparecem. O que fazem agora é um teatro, não vou me comparar a eles.

O sr. ficou muito popular na internet por ter usado o termo Ursal e pelo vídeo em frente à loja Havan. Isso é suficiente­paraganhar­aeleição? Meu irmão, eu vou falar o que é suficiente para ganhar a eleição noBrasil.Todasascad­eirassão constituíd­as por Deus. Todo o povo vai ver como vale a pena ser livre e falar a verdade, não se corromper e não se vender. Quem vai me botar nessa cadeira chama-se Jesus Cristo.

Mas como funciona isso? Na prática o sr. precisa de votos. É exatamente o que está acontecend­o. Gastei apenas R$ 700, o [Henrique] Meirelles gastou R$ 43 milhões e tenho [percentual] igual [de 1% a 2%]. Como você explica isso? Jesus Cristo. E é assim que tu vai ver eu ter 51 milhões de votos e ser eleito no primeiro turno.

O sr. acha possível chegar a esse percentual a poucos dias da

eleição? Meu irmãozão, para Deus um dia é suficiente para Ele vira tudo. Traz o grande acontecime­nto e muda tudo.

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