Despedida do patrono da ‘chanson’ francesa comove os poderosos
A morte de Charles Aznavour, patrono da “chanson” francesa, causou comoção entre políticos e artistas do país.
O presidente Emmanuel Macron escreveu que o cantor “profundamente francês, ligado a suas raízes armênias, reconhecido no mundo inteiro, acompanhou as alegrias e dores de três gerações”. Para o líder, “suas obras-primas, seu timbre, seu brilho único o ultrapassarão por muitos anos”.
O primeiro-ministro armênio, Nikol Pachinian, também se expressou numa rede social. “É difícil acreditar que uma pessoa que criou uma época, uma história, uma pessoa que durante 80 anos encantou e aqueceu o coração de centenas de milhões de pessoas, não esteja mais entre nós.”
Um dos astros do cinema francês, o ator Alain Delon também lamentou a morte.
“Estou despedaçado, atônito. É como um soco na cara. Amo este homem. Começamos quase juntos”, disse à agência France Presse. “Era o maioral da canção francesa.”
A cantora Mireille Mathieu, nome incontornável da canção francesa, chamou Aznavour de lenda. “Suas canções são atemporais e ficarão gravadas em nossas memórias.”
Os principais canais de TV e rádios da França abriram espaço para entrevistas e documentários sobre Aznavour.
A capa do jornal Libération desta terça traz um retrato em preto e branco do cantor com o título “Hier Encore”, uma canção dele que começa com os versos “ainda ontem, tinha 20 anos, acariciava o tempo, joguei com a vida como se joga com o amor”.