Folha de S.Paulo

Cobertura da Folha tem proporção igual de críticas a Bolsonaro e a Haddad

Levantamen­to mostra que menções negativas aos candidatos em reportagen­s chegaram a 24%

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A cobertura da Folha sobre o primeiro turno das eleições presidenci­ais trouxe críticas aos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que disputam o segundo turno, em proporções iguais, de acordo com levantamen­to do Banco de Dados Folha.

As menções negativas a Bolsonaro aparecem em 24,4% dos textos noticiosos, enquanto as de Haddad equivalem a 24,3% das referência­s a ele em reportagen­s.

Bolsonaro foi o candidato mais citado em reportagen­s e colunas da Folha: 2.144 menções, das quais 1.155 foram em textos noticiosos e 989 em colunas. Já Haddad aparece com 849 menções, das quais 506 em textos noticiosos e 343 em colunas.

O número menor de menções a Haddad deve-se ao fato de ele ter registrado a sua candidatur­a no dia 11 de setembro —até então o ex-presidente Lula era o candidato do partido.

O levantamen­to foi feito entre 1º de agosto e o último domingo (7). As menções ao candidato petista passaram a ser computadas um dia depois da oficializa­ção de sua candidatur­a junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A maioria das menções a Bolsonaro e Haddad foi neutra quando se somam as citações feitas em reportagen­s e colunas, ainda de acordo com o levantamen­to.

O capitão reformado aparece em 52% de textos sem interpreta­ção negativa ou positiva; Haddad, em 63,7%.

No caso dos outros cinco candidatos analisados também predominam as menções neutras. Entre os 956 textos sobre o tucano Geraldo Alckmin, 79% foram classifica­dos como neutros.

Guilherme Boulos (76,8%), Henrique Meirelles (75,7%), Marina Silva (74,3%) e Ciro Gomes (71,6%) vêm em seguida no ranking do total de textos neutros.

Também nas colunas há um percentual mais elevado de menções neutras aos presidenci­áveis. Bolsonaro aparece nessa categoria com 49,5%, enquanto Haddad tem 59,8%.

Nas colunas de opinião e análise, as menções negativas ao capitão reformado aparecem em 39,3% dos textos, enquanto as citações a Haddad correspond­em a 26,5% do total das citações feitas ao petista por colunistas.

Ainda nessa categoria, o pedetista Ciro soma 23,7% das menções, percentual similar ao do tucano Geraldo Alckmin (21,3%).

Enquanto o capitão reformado lidera em menções negativas na soma dos textos noticiosos e colunas, com 31,3%, a candidata Marina Silva (Rede) foi a menos citada nesse quesito (16,9%).

Os demais candidatos tiveram percentuai­s similares no total de menções negativas: Ciro Gomes (19,9%), Geraldo Alckmin (19,6%), Henrique Meireles (23,7%), do MDB, e Guilherme Boulos (20,1%), do PSOL.

As menções positivas a Bolsonaro aparecem em 16,7% do total dos textos enquanto Haddad figura em 11,1%.

Quando se somam apenas os textos noticiosos, as menções positivas ao capitão reformado atingem 21,6% das reportagen­s sobre ele. Nessa categoria, as citações a Haddad equivalem a 9,3% das citações feitas ao petista em textos noticiosos.

Neutralida­de marca a cobertura da disputa para o governo de SP

A corrida para o Governo do Estado de São Paulo teve uma cobertura da Folha em que predominam as reportagen­s e colunas neutras.

João Doria (PSDB), que ficou à frente no primeiro turno da eleição, foi citado em 263 textos, dos quais 68,4% não tinham interpreta­ção positiva ou negativa, segundo o levantamen­to.

O governador Márcio França (PSB), que disputa com Doria o segundo turno na corrida estadual, foi mencionado num total de 161 textos, dos quais 85,1% eram neutros.

Os textos marcados pela neutralida­de sobre Paulo Skaf (PMDB) e Luiz Marinho (PT), derrotados no primeiro turno, correspond­em, respectiva­mente, a 83,8% e 61,8% no universo de reportagen­s e colunas sobre os candidatos.

Doria fica em segundo lugar no total de menções negativas —a soma de reportagen­s e colunas. Dos textos que citam o ex-prefeito tucano, 27,8% tinham uma interpreta­ção negativo, enquanto França aparece com 11,8% nessa categoria.

O candidato Luiz Marinho lidera o ranking de menções negativas. Tiveram essa interpreta­ção 38,2% dos textos sobre o ex-ministro do Trabalho e ex-prefeito de São Bernardo do Campo.

A maioria (ou 70,4%) das colunas e análises sobre João Doria tinha a neutralida­de como caracterís­tica.

Isso também ocorreu com Paulo Skaf (90%), Márcio França (72,2%) e Luiz Marinho (57,1%).

O levantamen­to foi feito entre os dias 1º de agosto e 7 de outubro, quando aconteceu o primeiro turno.

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