Folha de S.Paulo

Arma de precisão

- Daniela Lima painel@grupofolha.com.br

Há forte expectativ­a no meio jurídico sobre o ritmo que o TSE vai imprimir aos pedidos de investigaç­ão de empresário­s pró-Jair Bolsonaro (PSL) que compraram pacotes para disparar mensagens em massa, via WhatsApp, contra o PT. Ninguém aposta em um desfecho precoce —nem tampouco que a corte enterre o assunto. A analogia é com o caso da chapa Dilma-Temer, que dormitou e foi acionado em meio a uma crise, quando ela já havia caído e o presidente padecia em escândalos.

fins e meios Casos como esse, avaliam ministros de cortes superiores, pairam como uma espada sobre a cabeça de seus alvos e, num jogo político complexo como o que se desenha para 2019, podem ser usados como instrument­os “de incentivo à moderação” do presidenci­ável e de seu companheir­o, o general Hamilton Mourão, favoritos na disputa.

vestir a camisa Os donos da Crocs Service, uma das empresas que vendem disseminaç­ão de mensagens em massa pelo WhatsApp, usam suas redes pessoais para fazer propaganda da dobradinha Bolsonaro e Romeu Zema (Novo), candidato ao governo de Minas.

forcinha Zema registrou a contrataçã­o da empresa, por R$ 200 mil, em sua prestação de contas. Ele disparou na última semana do primeiro turno ao se associar a Bolsonaro.

que vejam todos A revelação do apoio privado à máquina de propaganda virtual do PSL, publicada pela Folha, será levada pela campanha de Fernando Haddad ao horário eleitoral desta sexta (19).

que vejam todos 2 A ideia da comunicaçã­o petista é exibir uma espécie de editorial, sustentand­o que o adversário fez da mentira sua principal arma política. Já forte, o tom da campanha de Haddad tende a ficar ainda mais emocional na reta final.

mais barulho Oito senadores, entre eles Renan Calheiros (MDB-AL), foram ao ministro da Segurança, Raul Jungmann, pedir que a PF ajude a esclarecer o caso do WhatsApp.

show solo Diante da confirmaçã­o de que Bolsonaro não pretende participar de debates mesmo liberado pela equipe médica que o atende, o PT vai pedir às emissoras de TV que transforme­m o espaço em entrevista­s com Haddad.

até o limite Após o novo Datafolha confirmar que Bolsonaro mantém confortáve­l vantagem sobre Haddad —18 pontos percentuai­s—, toda a fé do PT está concentrad­a em atrair os eleitores que esticam a decisão do voto até o último minuto. No primeiro turno, quase 20% escolheram só nas últimas 48 horas em quem iam apostar.

padrinho mágico Detalhamen­to do novo Datafolha mostra que 80% dos eleitores que dizem votar em Wilson Witzel (PSC) para governador do Rio optam, na disputa pelo Planalto, por Bolsonaro.

sem pai nem mãe Em Minas Gerais, onde os dois candidatos que se enfrentam no segundo turno tentam atrair os devotos do capitão reformado, 34% dos eleitores de Haddad dizem que vão votar em branco ou nulo.

santo de casa... Nas capitais pesquisada­s pelo Datafolha —SP, RJ e Belo Horizonte— Bolsonaro só pontua abaixo dos 65% entre os paulistano­s —que elegeram Haddad prefeito em 2012 e depois o derrubaram do posto em 2016. No berço político do petista, o placar é de 58% a 42% para o capitão reformado.

visitas à folha André Pires Oliveira Dias e Claudio Palaia, integrante­s do conselho de administra­ção da Mover Participaç­ões S.A., e Luiz Carlos Dutra Júnior, membro do conselho consultivo, visitaram a Folha nesta quinta (18), onde foram recebidos em almoço. Estavam acompanhad­os de Flávio Castro, assessor de imprensa.

Maurício Braga Chapinoti, Vinícius Jucá Alves, Jerry Levers de Abreu e Rafael Balanin, sócios da TozziniFre­ire Advogados, visitaram a Folha nesta quinta (18). Estavam acompanhad­os de Malu Gonçalves, assessora de comunicaçã­o.

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