‘Reportagem bombástica’ sobre WhatsApp derruba marketing do Facebook
O Facebook havia convocado toda a cobertura do Vale do Silício. Saíram relatos simultâneos da CNN à Wired, do Wall Street Journal ao Hindustan Times. Na Bloomberg, “Facebook ‘encantado’ com resposta da ‘sala de guerra’ à eleição do Brasil”. Nos vídeos e fotos, bandeirinhas e mapas do Brasil. Nos textos, a informação de que o WhatsApp, do Facebook, é parte do esforço de “guerra”.
Porém, no destaque do BuzzFeed, “No momento em que o Facebook mostra sua ‘sala de guerra eleitoral’, um imenso escândalo do WhatsApp atinge o Brasil”. O contraste entre a “reportagem bombástica” e as “reportagens de acesso” da sala de guerra põe em dúvida “exatamente como o Facebook pretende monitorar notícias falsas e desinformação hiperpartidária, especialmente num país dominado pelo WhatsApp”.
Entrando pela noite, jornais como os britânicos Guardian e Telegraph, o francês Le Figaro, o espanhol El País, o argentino Clarín e os americanos Washington Post, com AP, e New York Times, com Reuters, noticiaram os disparos eleitorais no WhatsApp brasileiro.
para a globo O Jornal Nacional noticiou diluindo a informação em meio aos “vários compromissos” de Haddad no dia, por exemplo, uma entrevista à rádio Tupi do Rio, quando falou que “tem muita obra parada”. O JN registrou então que seu partido entrou com ação contra o “suposto esquema” baseado “em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual empresários pagaram pelo impulsionamento em massa de mensagens contra o PT”. Ouviu Haddad e o presidente do PSL.
para a record O Jornal da Record noticiou o “suposto uso indevido” reproduzindo fala de Haddad e ouvindo Bolsonaro, que disse que não sabia: “Se porventura alguém estiver fazendo trabalho nesse sentido, peço para não fazer”. A segunda parte do registro foi para um acréscimo de que “o PT é suspeito de desrespeitar a legislação eleitoral” por um caso publicado “em agosto” e que, enfatizou o telejornal, “ficou conhecido como mensalinho do Twitter”.
o único Contra a corrente no exterior, a nova Economist volta os olhos para Haddad. Sob o título “O único homem que pode evitar que Bolsonaro se torne presidente” e lembrando que o adversário é “ameaça real à jovem democracia”, contrasta: “Haddad é figura tranquilizadora. Apesar de seu partido pender à esquerda, ele é um moderado. Como prefeito, reduziu o déficit e assegurou grau de investimento para São Paulo”. Porém ele e o PT “provavelmente deixaram para convencer os brasileiros de que aprenderam com seus erros muito tarde”.
aliança Sob o título “Extrema direita dos EUA se alinha para endossar Bolsonaro”, o site esquerdista Think Progress listou, além de David Duke, da Ku Klux Klan, referências como Steve Bannon, ex-assessor da Casa Branca, e o comentarista Dinesh D’Souza. Não citado, outro nome que se engajou é o analista de política externa da Fox News, Walid Phares, que já vê “aliança americano-brasileira para devastar o terrorismo e a manipulação de refugiados no hemisfério”.