Indiciados negam acusações da PF e interferências
A assessoria de Abilio diz que o relatório da PF não traz elementos que demonstrem irregularidades cometidas pelo empresário e que o indiciamento não sinaliza culpa.
O Ministério Público Federal decidirá se oferece denúncia com base nas conclusões da PF ou se arquiva a apuração.
Também em nota, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) diz que refuta as menções feitas pela PF.
Jank diz que suas mensagens tratavam de “esclarecimentos solicitados por embaixadas brasileiras na Ásia”.
Troca de emails entre a reportagem da Folha e a assessoria da imprensa da BRF, datada de 14 setembro de 2015, mostra que a empresa foi procurada, por iniciativa do jornal, para esclarecer o incidente na fábrica de Rio Verde.
Nos emails, a assessoria da BRF informa à repórter que o caso na unidade era “antigo”, estava “sob controle”, envolvia apenas aquela fábrica e que a companhia tinha divulgado nota esclarecendo. Diante da versão, a repórter informa que o editor decidiu não publicar a reportagem.
A BRF também diz que está colaborando com as autoridades e afastou preventivamente os funcionários citados no relatório. “A empresa tem como princípio tolerância zero com conduta indevida”, diz.
Loures diz em nota que foi incluído por seus clientes no grupo de WhatsApp e “os estava informando sobre a publicação de uma reportagem e dando sugestões para evitar que uma versão equivocada fosse publicada”.
Em nota, Faria diz que nunca determinou que desconformidades na produção da BRF fossem acobertadas e sempre estimulou a adoção de sistemas de controle sanitário. Ele diz ter se surpreendido com a conclusão da PF, “totalmente discrepante do que foi demonstrado no curso do inquérito”.
Zerbini não respondeu. A pasta diz que a operação trata de fatos anteriores à atual gestão e apoia as investigações.