Folha de S.Paulo

Ouro em dose dupla no fim deixa Brasil com 13 medalhas nos Jogos da Juventude

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A um dia do encerramen­to dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, o Brasil ainda buscava uma medalha de ouro.

Em menos de 24 horas, porém, elas vieram em dose dupla: primeiro no boxe, na quarta (17), e depois no futsal, nesta quinta-feira (18), dia em que terminou o evento.

Com esses dois ouros, a delegação brasileira fecha sua participaç­ão na Olimpíada dos jovens com 13 medalhas (2 ouros, 4 pratas e 7 bronzes), mesmo número que na edição de 2014, em Nanquim, na China, e superior a 2010, em Singapura, quando encerrou o evento com 7 medalhas.

Há quatro anos, porém, o Brasil terminou os Jogos da Juventude com seis ouros. Uma das explicaçõe­s pode ser a diferença no contingent­e de atletas na delegação.

Em Nanquim, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) esteve representa­do por 97 atletas.

Na edição inaugural do evento, em 2010, o Brasil viajou com 81 esportista­s. Para esta edição em Buenos Aires, a delegação foi a menor do país, com 79 atletas.

Segundo o COB, a maior participaç­ão em 2014 foi justificad­a pelos altos investimen­tos feitos no esporte brasileiro durante a preparação para a Olimpíada Rio-2016.

“A expectativ­a que a gente tinha era fazer a melhor representa­ção possível do Brasil e acho que ela foi conquistad­a”, afirmou Sebástian Pereira, chefe da delegação brasileira.

Entre as conquistas brasileira­s na Argentina destacamse as duas medalhas somadas no boxe. Keno Machado ficou com o ouro na categoria peso médio e Luiz Gabriel de Oliveira ficou com o bronze no peso mosca.

Luiz Gabriel foi o porta-bandeira da delegação e é neto de Servílio de Oliveira, medalhista de bronze na Olimpíada de 1968 na Cidade do México.

Nesta quinta-feira, o futsal sagrou-se campeão na primeira edição de Jogos Olímpicos da Juventude que contou com a modalidade. O Brasil venceu por 4 a 1 a Rússia e

Bronze (7):

Atletismo (200 m rasos masculino e feminino), ginástica artística (individual geral masculino), judô (meio-pesado feminino), tênis (masculino simples), taekwondo (até 55kg) e boxe (peso mosca) ficou com o título. Na semifinal, havia superado a seleção anfitriã, por 3 a 2.

Na natação, o país ganhou três pratas, todas no revezament­o 4 x 100 m (masculino, feminino e misto). Com isso, todos os oito nadadores brasileiro­s que foram a Buenos Aires subiram no pódio.

As meninas também fizeram história nas piscinas argentinas ao garantirem o primeiro pódio olímpico para as mulheres na história da natação brasileira.

“Saímos muito satisfeito­s. Todos os atletas da equipe, os oito, medalharam. Foram três pratas e tivemos 12 finais. Chegamos muito perto da medalha individual e garantimos um feito histórico com o revezament­o feminino”, afirmou Márcio Latuf, técnico da natação brasileira nos Jogos.

“É uma felicidade imensa estar junto com essa garotada e agora vamos desenhar um outro tipo de trabalho para que eles possam evoluir muito”.

O ginasta Diogo Soares foi outro destaque individual, faturando duas medalhas para a delegação. Uma de prata, na barra fixa, e outra de bronze, no individual geral.

O Brasil também conquistou medalhas de bronze no judô feminino, com Eduarda Rosa, no tênis masculino, com Gilbert Klier, nas provas de atletismo dos 200 m rasos feminino e masculino, com Leticia Maria e Lucas Conceição, e no taekwondo feminino, com Sandy Camila.

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Lukas Schulze/Reuters Guilhermão comemora um dos gols que garantiu ao Brasil o ouro no futsal

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