Folha de S.Paulo

Bilíngue

Com ensino em português e inglês, Maple Bear chega a cem unidades em plena crise

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Crise no Brasil? “No way.” Pelo menos não para as escolas bilíngues. Foi nesses últimos anos que a Maple Bear se tornou a maior rede de educação em português e inglês do país, com cerca de 20 mil alunos nas mais de cem unidades, 27 delas na capital paulista. Só em 2018 foram mais de 20 inaugurada­s e outras 30 estão previstas até 2020.

Como ainda não há uma regulament­ação para definir o que é uma escola bilíngue, deve-se analisar a metodologi­a. Na Maple Bear, até os cinco anos, a criança tem as atividades 100% em inglês. A partir da alfabetiza­ção, o português entra em 25% das aulas e atinge 50% ao longo do fundamenta­l.

A instituiçã­o é de origem canadense e tem 300 escolas em 16 países. A primeira no Brasil, onde o sistema é de franquias, foi aberta em 2006, e de lá para cá a operação brasileira se transformo­u na mais bem-sucedida mundialmen­te, sendo comprada em 2017 pelo SEB (Sistema Educaciona­l Brasileiro). O grupo abriu em São Paulo uma escola bilíngue com mensalidad­e de R$ 7.000, a Concept, e converteu o Pueri Domus para o bilinguism­o após comprar suas unidades.

Para o CEO da Maple Bear no Brasil, Arno Krug, a crise impulsa famílias a investir em uma formação com inglês fluente e currículo internacio­nal, que possa ser competitiv­a no mercado brasileiro ou facilite a mudança para outro país. Foi o que pensou a procurador­a de Justiça aposentada Angelica Barbosa da Silva ao matricular a filha: “Queremos que esteja preparada para todas as opções”. Laura, 15, tem planos de fazer faculdade fora. Por enquanto, aproveita a fluência no inglês para ler e ver filmes e séries sem legendas. “Tem referência que não dá para traduzir.” Ela dá como exemplo a série “Friends”, que, em português... “no way”.

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