Quase um clube
Marista Arquidiocesano cria atividades para pais e avós
Enquanto a criançada está em aula, avós fazem hidroginástica, mães dançam zumba e pais jogam futebol. Parece clube, mas é o Marista Arquidiocesano, tradicional colégio de 160 anos da Vila Mariana, zona sul. A escola tem 2.959 alunos, mas são 3.476 inscritos no Núcleo de Atividades Complementares, o NAC, de esportes e cultura. Mais de mil não são estudantes. A maioria é de familiares que praticam exercícios físicos quando deixam ou buscam as crianças.
Com mais de 36 mil m² , quadras, piscina, academia e salas de dança e ginástica, o Arqui, como é conhecido, não teve dificuldades em suprir uma demanda que os colégios particulares recebem cada vez mais nas grandes cidades: oferecer períodos integrais e semi-integrais, concentrando todas as atividades extracurriculares dos alunos. A abertura à família dá um passo além, e há até programas para a terceira idade.
Alexandre Latorre, coordenador do NAC, diz que “há um estímulo mútuo para a prática de esportes nas diferentes gerações”. A outra coordenadora, Ivonete Maia, nega que se possa perder o foco nos alunos e no processo pedagógico. “Conhecer a família até nos ajuda a entender as crianças.” Entre possíveis vantagens e desvantagens, é certamente simpática a cena do grupo de avós circulando pelo pátio entre a correria da criançada. Aparecida Manaia, 76, frequenta o Arqui há dois anos, tempo em que perdeu 14 quilos, superou a depressão e virou companhia do neto, Matheus, 7, nas festinhas dos amigos. “É ótimo, conheço todo mundo.”