Uma faculdade diferente

Curso de administração em escola do Sebrae-SP possui projeto pedagógico inovador

Um curso de administração único, fundamentado em um projeto pedagógico inovador e pensado para desenvolver as competências empreendedoras dos alunos. Essas são características da ESE (Escola Superior de Empreendedorismo), que recebeu a primeira turma de estudantes em 2018.

A criação da instituição é resultado de estudos e pesquisas realizados por mais de cinco anos. “O Sebrae-SP entendia que o mundo havia mudado. Empresas que, em um ano, eram micro, dois anos depois, abriam o capital na Bolsa de Nova York”, conta Jaercio Alex Silva Barbosa, coordenador-geral de cursos da ESE.

“Chegamos à conclusão de que havia a necessidade de criarmos uma faculdade, pois existe uma correlação forte do sucesso profissional e empresarial com a formação educacional, principalmente em negócios que busquem crescer rapidamente e que sejam inovadores.”

Assim, segundo Barbosa, uma equipe do Sebrae-SP visitou algumas das principais escolas de negócios do mundo, como Harvard, Babson College e MIT, entre outras, participou de congressos e teve acesso aos principais estudos e pesquisas sobre como desenvolver um profissional único.

Um desses estudos, intitulado EntreComp (Entrepreneurship Competencies) e desenvolvido pela União Europeia, tinha como objetivo desvendar as competências para que o profissional possa ter sucesso no futuro.

O estudo chegou a três competências principais: identificar oportunidades em qualquer ambiente; testar (rápido, com baixo custo e com grande aprendizado) e planejar (fazer protótipos, formular processos) e a capacidade de fazer o negócio acontecer (mobilizar recursos humanos, materiais e gerenciais).

Essas três competências formam um dos pilares do ensino da ESE. “Para atingir esse objetivo, criamos um ambiente que estimula o aprendizado. Nossa ideia não é apenas formar um empreendedor, mas também desenvolver competências empreendedoras. Porque essas competências vão ajudar o profissional a fazer a diferença em qualquer opção de trabalho que ele faça, seja numa multinacional, seja no negócio da família, seja em um negócio próprio”, diz Barbosa.

Outro pilar do curso da ESE é o projeto pedagógico inovador. “As disciplinas são integradas e é comum o aluno assistir a uma aula com dois ou três professores e um palestrante internacional”, conta Barbosa. Além disso, os alunos são motivados a aprender com foco na prática; o aprendizado é auxiliado por jogos e outras atividades. Há uma atenção especial para o desenvolvimento de competências individuais imprescindíveis para o profissional do futuro (“future skills”), como capacidade de inovar, se expressar e de trabalhar em equipe, entre outras.

“Os alunos estudam muito (o curso da ESE tem 4.160 horas; o padrão exigido pelo MEC é de 3.000 horas), mas eles aprendem se divertindo”, afirma Barbosa.

O terceiro alicerce do curso da ESE é a conexão entre a faculdade e o ecossistema empreendedor do Sebrae-SP.

“É a maior instituição de fomento ao empreendedorismo do país. Então o aluno tem acesso a mentoria de negócios, incubadoras, aceleradoras e estágios nos escritórios regionais do Sebrae-SP, acompanhando consultorias reais de marketing, gestão e finanças, entre outras”, complementa Barbosa. “Nenhuma outra faculdade possui um laboratório de empresas como o do Sebrae-SP.”