Folha de S.Paulo

Especialis­tas dão dicas para uma boa redação

Antes, muito treino; na hora, leitura atenta e rascunho

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Oprimeiro dia de provas do Enem –que neste ano será em 4 de novembro– traz consigo, além do nervosismo da estreia, apreensão pela redação. O candidato precisa responder a 90 questões objetivas nas áreas de linguagens e ciências humanas e ainda reservar tempo para escrever o texto dissertati­vo-argumentat­ivo exigido pelo exame.

“Nesse dia a ansiedade rouba a cena e a atenção pode ficar dispersa. O primeiro ponto é o candidato respirar –e ler a proposta com atenção. Não pode começar a escrever no desespero”, recomenda a professora Lilian Passarelli, do Departamen­to de Português da PUC-SP (Pontifícia Universida­de Católica de São Paulo).

Depois de ler os textos moti- vadores e a proposta de redação, é hora de planejar o conteúdo, anotando a sequência de tópicos que serão abordados. Mesmo sendo recomendáv­el a elaboração de um rascunho, é preciso ter em mente que o tempo é curto. “Uma primeira versão do texto é importantí­ssima. Mas convém lembrar que um texto nunca acaba, o que acaba é o tempo”, adverte. Daí a importânci­a de planejar o que será escrito.

A professora Elizabeth Massarandu­ba, coordenado­ra-geral de português do Objetivo, não só aconselha fazer um rascunho, como também começar o exame por ele. Em seguida, o candidato deve responder às questões objetivas, deixando para passar a redação a limpo no final. “É bom reservar uma hora do total de tempo da prova para a redação: meia hora para rascunhar, meia hora para passar a limpo”, diz.

Massarandu­ba recomenda que cada aluno desenvolva e aprimore seu próprio método em simulados e treinos, inclusive nesta reta final, pois isso o ajuda a ganhar velocidade de leitura e domínio linguístic­o.

Em tempos de disseminaç­ão de “fake news”, todo cuidado é pouco. “O candidato deve argumentar recorrendo a situações históricas e conhecimen­tos adquiridos em sala de aula. Além disso, os textos motivadore­s fornecem exemplos que podem ser usados, com dados concretos”, diz a coordenado­ra.

Passarelli, da PUC-SP, reforça: “As ‘fake news’ podem gerar argumentos falaciosos. Pode ser uma complicaçã­o para a redação”.

O primeiro ponto é o candidato respirar –e ler a proposta com atenção. Não pode começar a escrever no desespero Lilian Passarelli, professora do Departamen­to de Português da PUC-SP

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