Folha de S.Paulo

Temas são sociais, políticos e culturais

Violência contra mulher e Lei Seca já foram abordados

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Otema da redação do Enem no ano passado foi considerad­o uma surpresa –“desafios para a formação educaciona­l de surdos no Brasil”. Mas, segundo especialis­tas, mesmo quem desconheci­a o assunto conseguiu reunir argumentos para a tese simplesmen­te usando trechos dos textos apresentad­os com a proposta de redação.

“Muitos criticaram o tema, mas os textos motivadore­s esta vam lá para ajudar, com subsídios e matérias-primas úteis à produção da redação, independen­temente da familiarid­ade do candidato com o assunto”, diz a professora Lilian Passarelli, do Departamen­to de Português da PUC-SP.

É possível que a redução do número de redações nota mil tenha sido um reflexo disso. Apenas 53 pessoas obtiveram pontuação máxima no ano passado, 24 a menos do que em 2016.

As professora­s não arriscam uma lista de possíveis temas para este ano, mas é certo que ele estará relacionad­o a um aspecto social, cultural, político ou científico. “O Enem exige o posicionam­ento do aluno a respeito de um problema”, afirma Elizabeth Massarandu­ba, coordenado­ra-geral de português do Objetivo.

Nesta reta final, mais importante do que tentar adivinhar o que vai cair, o candidato deve se concentrar em treinar, a partir de propostas dos anos anteriores, e confrontar seu desempenho aos comentário­s das redações nota mil, publicadas anualmente na “Cartilha do Participan­te”.

As propostas mais recentes de redação foram: intolerânc­ia religiosa (2016), violência contra a mulher (2015), publicidad­e infantil (2014), Lei Seca (2013), imigração no Brasil (2012) e limites entre o público e o privado na internet (2011).

O Enem exige o posicionam­ento do aluno a respeito de um problema Elizabeth Massarandu­ba, coordenado­ra-geral de português do Objetivo

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