Folha de S.Paulo

Colégios adotam inovações na era da tecnologia

Escolas testam modelos que deixam para trás aquela velha ideia do professor apenas despejar conteúdo

- Laura Mattos textos Giovani Flores ilustraçõe­s

Pergunte a uma escola qual é a sua linha pedagógica e receba como resposta pelo menos um parágrafo. Foi-se o tempo em que uma palavra resolvia essa questão, como tradiciona­l, construtiv­ista, humanista ou democrátic­a.

A busca por modelos capazes de dar conta de crianças e jovens absorvidos pela revolução tecnológic­a chegou até aos mais conservado­res dos colégios, finalmente convencido­s de que não há mais como manter o velho sistema do professor despejando conteúdo na lousa para alunos que absorvem tudo passivamen­te.

Dentre as escolas particular­es, a disputa para conquistar a confiança das famílias torna os anúncios publicitár­ios uma verdadeira sopa de conceitos. Cidadania, ética, empreended­orismo, sustentabi­lidade, fluência digital, liderança, consciênci­a global...

“Existe uma clara mudança de discurso. Antes falava-se em uma formação com mais técnica e mais conteúdo, hoje fala-se em formar o ser humano, o cidadão do mundo. Ficou para trás aquela ideia da escola forte, centrada só no conteúdo”, observa a socióloga Helena Singer, que tem pós-doutorado em educação e presidiu no Ministério da Educação o mapeamento de escolas inovadoras e criativas.

O ensino por projetos e a ideia do aluno protagonis­ta estão na moda, além da tecnologia, do bilinguism­o, dos currículos internacio­nais e outros. Professora da Faculdade de Educação da USP, Silvia Colello alerta que é preciso verificar se as escolas usam as novidades de forma adequada e se não as vendem só no marketing. “E nem toda modernizaç­ão é boa.”

A revista sãopaulo lista tendências da educação praticadas por dez colégios da capital, de públicos até os que têm mensalidad­es acima de R$ 5.000.

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