Preparados para o vestibular e para a vida
Escola Albert Sabin trabalha tanto as competências acadêmicas quanto o desenvolvimento humano
Existe a ideia, entre pais de alunos, de que se deve optar entre dois tipos de escolas: as tradicionais, focadas em preparar o aluno para o vestibular, e as humanistas, que se preocupam em formar cidadãos. Mas não deveria ser assim. Segundo Cristina Godoi de Souza Lima, mantenedora do Grupo Godoi de Educação, é possível fazer bem as duas coisas. “Essa é a crença do Colégio Albert Sabin: é possível estabelecer altas expectativas de aprendizagem em todas as esferas.” A diretora pedagógica do Albert Sabin, Giselle Magnossão, concorda e afirma que o Enem ganhou importância para os alunos nos últimos anos, pois se tornou uma porta de entrada para o ensino superior, e propiciar uma educação que possibilite o ingresso no curso e na instituição da escolha do aluno é uma importante tarefa da escola. “Mas o bom resultado, tanto no Enem como em outros exames vestibulares, é consequência de uma formação sólida que se constrói em toda a vida escolar do aluno. E essa formação ultrapassa o momento dos exames para se tornar importante elemento para a constituição do cidadão.” Giselle exemplifica com um projeto de pré-iniciação científica em que os alunos desenvolvem uma pesquisa: escolhem o objeto e a pergunta de pesquisa, selecionam as fontes, coletam, organizam e analisam os dados e comunicam os resultados por meio de um artigo ou de uma apresentação em vídeo. “É uma atividade profundamente acadêmica, mas, ao lado da aprendizagem dos conceitos científicos, os alunos desenvolvem competências como a colaboração, a comunicação e a criatividade, a capacidade de se organizar e regular o próprio trabalho.” E assim se estruturam muitos projetos na escola, que propiciam, não apenas a aprendizagem dos conteúdos acadêmicos, como o desenvolvimento de competências socioemocionais, como a empatia, a abertura ao novo, a resiliência, dentre outras. “Atividades como as rodas de diálogo, que possibilitam a discussão de problemas do cotidiano (como o bullying e a ansiedade diante das dificuldades), bem como a reflexão sobre valores sociomorais, permeiam o cotidiano escolar, ao lado das disciplinas tradicionais, de projetos que integram as diversas áreas, ou de atividades culturais e esportivas, que ampliam o repertório e as habilidades das crianças e jovens”, diz a diretora. Recentemente, em comemoração aos 25 anos de fundação da escola, os alunos foram convidados a propor um projeto de protagonismo social ou ambiental. Adoção e recuperação de praças públicas, campanhas de conscientização sobre a doação de sangue e sobre a importância do combate à violência contra a mulher, visitas a asilos, orfanatos e comunidades carentes, foram algumas das ações propostas e empreendidas pelas crianças e jovens. Para onde se olhasse, era possível ver grupos de alunos protagonizando ações sociais e ambientais em mais de 200 projetos. Ao falar do envolvimento e das aprendizagens experimentadas pelos alunos em mais este projeto, Cristina conclui: “Isso prepara para o vestibular ou para a vida? Com certeza, para os dois!”.