Último confronto em mata-mata teve arbitragem polêmica
“Ficou bom para todo mundo, profe”, teria dito o então árbitro Ubaldo Aquino no estacionamento de La Bombonera ao técnico Celso Roth após o empate em 2 a 2 entre Boca e Palmeiras, pelo jogo de ida da semi da Libertadores de 2001.
Quem conta a história é o próprio técnico. A suposta fala do ex-juiz paraguaio teria acontecido após uma das mais polêmicas arbitragens envolvendo clubes brasileiros na competição sul-americana.
“Fizemos um grande jogo, mesmo com os problemas de arbitragem”, diz o ex-jogador Fernando, 51, um dos personagens centrais daquele jogo.
Ele sofreu pênalti claro do goleiro Óscar Córdoba, não assinalado pelo juiz quando o jogo estava 2 a 2. Pior, acabou levando um cartão amarelo por simulação e, posteriormente, o segundo amarelo por discutir com um rival. Acabou expulso.
“Ele estragou o meu sonho de chegar a uma final de Libertadores. Foi o maior roubo da história”, afirma.
Na mesma partida, quando o Palmeiras vencia por 1 a 0, o árbitro viu um pênalti do zagueiro Alexandre em Schelotto —hoje técnico do Boca. No lance, o argentino se joga no gramado sem que seja tocado pelo palmeirense.
O ex-volante conta que, mesmo com a “estranha arbitragem”, o time tinha totais chances de vencer em casa. “Nosso desempenho no primeiro jogo nos mostrou isso. Mas as coisas não aconteceram como esperávamos”, diz.
Ex-Boca Juniors, Bermúdez lembra das reclamações do rival. “Poderia ter sido marcado um pênalti para o Palmeiras, mas essas coisas sempre acontecem em jogos decisivos, às vezes para um lado, às vezes para o outro”, afirma.
A Folha tentou contatar Ubaldo Aquino, sem sucesso.
Para o embate desta quarta, a arbitragem fica a cargo do chileno Roberto Tobar. Ele apitou o confronto entre as equipes pela primeira fase, em La Bombonera, quando o Palmeiras venceu por 2 a 0. Na ocasião, anulou dois gols do Boca, de forma correta.