Trump agora diz que pensa em enviar 15 mil soldados à fronteira
Dois dias após anunciar o envio de 5.200 soldados para reforçar a fronteira com o México, o presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta (31) que o efetivo pode chegar a 15 mil.
O objetivo é deter uma caravana de migrantes que se dirige aos Estados Unidos, depois de deixar Honduras em 13 de outubro. Atualmente, eles estão a 1.600 km da fronteira.
Na Casa Branca, o republicano afirmou que o número de soldados “pode subir para algo entre 10 mil e 15 mil militares” para ajudar os agentes de patrulha, o ICE (serviço de Alfândega e Proteção das Fronteiras) e outros no local.
O objetivo, diz, é bloquear a entrada da caravana. Segundo ele, os EUA “estarão preparados” e os migrantes “não vão entrar em nosso país.”
Antes, o secretário de Defesa, James Mattis, havia defendido o emprego de milhares de soldados na fronteira. Ele negou que a operação militar seja motivada pela proximidade com as eleições legislativas, em que os republicanos buscam manter o comando da Câmara e do Senado.
Atualmente, 2.100 guardas nacionais apoiam os agentes na fronteira. Os 5.200 anunciados na segunda devem se somar a esse contingente.
No momento, três caravanas de migrantes se dirigem aos EUA. No domingo (28), um terceiro grupo com mais de 300 salvadorenhos deixou a capital de El Salvador.
Um segundo grupo está na fronteira entre a Guatemala e o México e chegou a reunir mais de mil pessoas, antes de se fragmentar. O grupo que mais avançou rumo à fronteira do México com os Estados Unidos tem 7.000 pessoas.
Trump tem destilado críticas e feito ameaças a integrantes da marcha. Na semana passada, escreveu: “Àqueles na caravana, deem a volta, nós não vamos deixar pessoas entrarem nos EUA ilegalmente. Voltem a seu país e, se quiserem, peçam cidadania, como milhões de outros!”