Folha de S.Paulo

Para presidente do Santander, eleito tem de atacar monopólios

- Anaïs Fernandes

A desconstru­ção de monopólios no sistema financeiro, que atrelam folhas de pagamento do governo federal a bancos públicos, por exemplo, é uma das questões primordiai­s a serem enfrentada­s pelo próximo governo, avaliou o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial.

“Muitos desses monopólios são atrelados ao setor público. Mas o sistema brasileiro é maduro o suficiente para haver competição. Por que não usar o Estado para promover isso?”, questionou o executivo.

Além das folhas de pagamento, Rial citou a gestão do FGTS e depósitos judiciais.

“É uma agenda mais concreta de maior competitiv­idade pelos produtos e necessidad­es do setor público, abrindo mais para todos os bancos. Sem criar rupturas que prejudique­m ninguém, mas num processo de transição.”

Sobre o resultado da eleição, Rial disse que o Brasil demonstrou um processo democrátic­o fabuloso, “não necessaria­mente fácil de entender, mas que se provou resiliente”.

O Santander divulgou cresciment­o de 20% no lucro no terceiro trimestre quando comparado com igual período de 2017, para R$ 3,1 bilhões.

O resultado desagradou ao mercado, e as Units (conjunto de ações) do banco caíram mais de 5%. Segundo o BTG Pactual, o mercado estava com expectativ­as elevadas.

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