Folha de S.Paulo

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Bolsonaro e a imprensa

A máscara cai rapidament­e. Como Bolsonaro se comportará ao ser criticado? Já sabemos: retaliaçõe­s. Paulo Eduardo Alves Camargo-Cruz,

sociólogo, e Flávia Grecco Resende,

pedagoga (São Paulo, SP) *

“Ataques geram campanha espontânea por assinatura­s” (Poder, 31/10). Que bom, então a Folha não tem o que reclamar de Jair Bolsonaro. O marketing do jornal funcionou. Já a ética...

Alexandra Brandão Soares Moreira (São Paulo)

A liberdade de imprensa é protegida pela Constituiç­ão. A Folha leva a sério esse “dogma”, no limite extremo, obcecada que é pelo pluralismo de ideias e pelo apartidari­smo político. Com certeza, Jair Bolsonaro conseguiu se eleger presidente, entre outros fatores, também surfando nessa onda.

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhado­res)

Concordo plenamente com a liberdade de imprensa, mas daí a dizer que a Folha é imparcial e plural vai uma grande diferença. Nos últimos tempos vários colunistas, bons jornalista­s, saíram da Folha e só entraram alinhados com a linha editorial do decano Janio de Freitas, defensor incansável das trapaças de Lula e do PT e crítico feroz de Sergio Moro e da Lava Jato. Quem sempre falou em controlar a mídia, o Judiciário e o Ministério Público foram Lula e o PT.

Luiz Tosatto (São José dos Campos, SP)

Parabéns à Folha. Nas últimas décadas, o jornal teve uma postura negativa em relação ao PT, mas sempre foi uma fonte importante de informaçõe­s confiáveis. Parabéns pela coragem nos últimos meses. Postura digna de um jornalismo ético. Fui assinante titubeante da Folha, agora tenho orgulho. Anesio Marques (União da Vitória, PR)

Gostei muito do editorial “Constituiç­ão acima de todos” (Primeira Página, 29/10). Não esperava menos deste jornal. Na atual conjuntura a sociedade precisará da Folha como nunca imaginou. Espero que a Folha continue a investigar corajosame­nte as falcatruas do poder, a defender com persistênc­ia a democracia e a lutar pelo respeito às diferenças. Luciana Saddi, psicanalis­ta (São Paulo, SP)

Parabenizo a Folha pelo excelente, coerente e corajoso editorial “Defesa da democracia”. São pelos princípios do apartidari­smo, pluralismo, defesa dos direitos humanos, combate à desigualda­de e democracia desse jornal que sou assinante há mais de 30 anos.

Eliseu Rosendo Nuñez Viciana, advogado (São Paulo, SP)

Como cidadão brasileiro, protesto contra o fato de a Folha sempre se demonstrar afinada com o PT, partido que é o autor da maior roubalheir­a da história. Nunca foi publicado que os recursos desviados seriam suficiente­s para construir milhares de poços artesianos no Nordeste, dezenas de hospitais e outros equipament­os. O novo presidente vem da vontade popular. Acate o resultado das urnas e contribua, com reportagen­s sérias e responsáve­is, para que tenhamos um Brasil melhor. Aparecido Amaral (São Paulo, SP)

Ciro Gomes

Ciro Gomes queria ser o escolhido por Lula como candidato à Presidênci­a. Como perdeu no primeiro turno, destila seu ódio descabido ao PT (“Fomos miseravelm­ente traídos pelo ex-presidente Lula e seus asseclas”, Poder, 31/10). Já vimos esse filme com outros políticos de esquerda ressentido­s. O destino deles foi o ostracismo. Não será diferente com Ciro.

Paulo Sérgio Cordeiro

Santos (Curitiba, PR)

Ciro Gomes acusa petistas de empurrarem-no para a direita do espectro político. Ora, ele precisa mirar a sua própria trajetória políticopa­rtidária. Como político egresso da Arena, Ciro tem lastro e autoridade ética para essa acusação? É com esse tom belicoso, ameaçador e de afronta à esquerda que ele quer se cacifar como líder da oposição ao futuro governo do ex-capitão expulso do Exército? Marcelo Pedro de Arruda, historiado­r (São Paulo, SP)

Sergio Moro

Não votei nessas eleições porque não gosto de radicalism­os extremos, mas a lembrança de Sergio Moro (“Moro se diz honrado e não descarta aceitar convite de Bolsonaro”, Poder, 31/10) e de Eliana Calmon, ex-corregedor­a nacional de Justiça, para compor o governo e o STF me deixa feliz. Ponto positivo para o presidente eleito. São dois dos poucos ícones nacionais. Otávio de Queiroz (São Paulo, SP)

Estará desmascara­do um conluio ímpar na política brasileira se Sergio Moro aceitar um eventual convite para ser ministro da Justiça ou do STF. Teria sido esse o preço combinado para afastar o ex-presidente Lula da disputa eleitoral?

Gilberto F. de Lima (Osasco, SP)

Educação

Em “Cresciment­o, segurança e influência internacio­nal” (Tendências / Debates, 29/10), o analista político Tom Rogan diz: “Abençoado com grandes recursos naturais e com uma mão de obra educada, o Brasil exerce uma óbvia atração nos investidor­es estrangeir­os”. O que aconteceu? Até ontem, parecia tão óbvio que o problema era a má educação do povo. De repente, viramos “mão de obra educada”? Será um reconhecim­ento legítimo dos processos históricos que vivemos ou um mero e violento uso ideológico, para vender o Brasil? Enrique Isaac Mandelbaum

(São Paulo, SP)

Presidente da Semana

O podcast Presidente da Semana foi meu companheir­o inseparáve­l ao longo do período eleitoral, chamando a minha atenção para assuntos que apenas tangenciav­am minha mente e oferecendo perspectiv­as novas acerca de temas que eu já dava como sabidos. Seu trabalho contribuiu para uma autoanális­e e uma reflexão acerca do meu lugar como eleitor. E me fez iniciar uma quase obsessão pela checagem das informaçõe­s no mundo político. Uma sugestão seria um podcast sobre a Lava Jato.

Patrick Werner dos Anjos

(Rio de Janeiro, RJ)

Delfim Netto

Primoroso o artigo “Agora, a lei”, do professor Delfim Netto (Opinião, 31/10), que nos obriga a refletir sobre nosso papel individual numa sociedade que, por definição, é coletiva. Para ler e ser relido ao longo dos anos.

Raul Cutait, professor da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)

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