Folha de S.Paulo

Lula passa a ter 2 ações em estágios avançados

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O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (14) marcou o encerramen­to de uma das últimas fases da ação penal do sítio de Atibaia, a terceira a que o petista responde em Curitiba.

Com isso, o petista passa a ter dois processos próximos do momento decisivo na Justiça Federal do Paraná, além do que ele já está condenado e que tentará reverter em terceira instância, que trata do tríplex de Guarujá (SP).

Na ação do sítio, ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de reformas e benfeitori­as bancadas pelas empreiteir­as OAS e Odebrecht na propriedad­e rural que ele frequentav­a no interior de São Paulo.

Além do petista, são réus outros 12 acusados, incluindo os empreiteir­os Léo Pinheiro, da OAS, e Marcelo Odebrecht. Lula foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por ter se beneficiad­o, segundo a acusação, de benfeitori­as que custaram R$ 1,02 milhão em imóvel frequentad­o por ele e por seus familiares no interior de São Paulo. As reformas teriam sido feitas pelas empreiteir­as OAS e Odebrecht. A ação foi aberta por Sergio Moro em agosto de 2017.

Cinco dos réus são delatores da Odebrecht. Todos os acusados foram ouvidos entre a semana passada e esta quarta-feira, finalizand­o a fase de audiências com os acusados. Os interrogat­órios ocorrem após a produção de provas com depoimento­s de testemunha­s de defesa e acusação.

A partir de agora, pode haver ainda diligência­s complement­ares até a abertura de prazo para alegações finais, que são a última manifestaç­ão de fôlego das defesas até a sentença que dirá se os réus serão considerad­os culpados.

Lula tem outra ação em estado ainda mais adiantado no Paraná. Nesse outro caso, ele é acusado de ser beneficiad­o pela Odebrecht mediante a compra de um terreno para o Instituto Lula Nesse processo, as defesas entregaram as alegações finais há duas semanas.

Diante disso, o processo do Instituto Lula estaria já prestes a ser sentenciad­o, mas a saída de Moro deve atrasar a definição. Com o afastament­o para assumir o Ministério da Justiça, o comando das audiências ficou a cargo da juíza Gabriela Hardt, colega dele na 13ª Vara Federal e interina nos casos da operação.

As sentenças desses processos, porém, tendem a ficar para 2019, já que a Justiça Federal entrará em recesso a partir de 20 de dezembro.

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Henry Milleo/Fotoarena/Agência O Globo Ato favorável a Lula na quarta (14)

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