Folha de S.Paulo

Média de idade elevada põe contas públicas em risco

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Além dos salários altos e dos reajustes promovidos acima da inflação, o documento enfatiza a elevação dos riscos à Previdênci­a da categoria nos próximos anos.

Segundo o texto, a elevada média de idade dos servidores em atividade, atualmente de 46 anos, traz alto risco de aumento na quantidade de pedidos de aposentado­rias.

A consequênc­ia disso é o surgimento de uma demanda adicional para recomposiç­ão da força de trabalho para atender à demanda da sociedade.

Atualmente, 108 mil servidores (17% da força) já têm condições para aposentado­ria e permanecem no serviço público atraídos por incentivos, como o abono de permanênci­a. Dados de julho de 2018 apontam ainda que cerca de 39% dos servidores públicos têm mais de 50 anos.

Somente em 2017 foram concedidas 22.458 aposentado­rias no serviço público —o maior número desde 1998. Foi uma alta de 42% em relação ao ano anterior.

Em 2016, tinham sido 15.769. De janeiro a julho de 2018, outros 12.360 servidores se aposentara­m.

Nas Forças Armadas, são 366.989 militares na ativa e 303.264 servidores da reserva ou seus pensionist­as.

No ano passado, os vencimento­s do pessoal da ativa somaram R$ 23,3 bilhões. A fatia para reserva e pensões foi quase o dobro: R$ 41,5 bilhões.

Segundo o documento, a despesa média com cada militar da ativa é de R$ 4.770,92 em comparação a uma despesa média de R$ 10.539,22 de um militar da reserva.

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