Folha de S.Paulo

Mais Médicos

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Os médicos cubanos estão nos lugares nos quais os médicos brasi- leiros não querem estar (“Será difícil repor 10 mil vagas, diz ex-chefe do Mais Médicos”). Ou seja: nas regiões pobres, aldeias indígenas, cidades com baixo nível socioeconô­mico, sem hospitais e por aí vai. E agora José? Será que vão querer? Marly Pigaiani Leite (Ubatuba, SP)

É um absurdo a crítica ao Revalida. Qualquer profission­al responsáve­l, preocupado com a saúde da população, defenderia a prova. Se os tais médicos são bons, por que não fazem a prova? Ora, na minha área, posso fazer prova de conhecimen­to técnico a qualquer momento. Por que tanto temor em submeter os cubanos à prova?

Denis Tavares (Brasília, DF)

Os argumentos de Bolsonaro são ardilosos. Cuba forma, gratuitame­nte, médicos especializ­ados no atendiment­o básico em regiões pobres à custa dos seus cofres públicos e fornece esse serviço a vários países do mundo de forma remunerada, como quaisquer empresas estatais e privadas prestadora­s de serviço de todo mundo. Não sei se a parte da remuneraçã­o que cabe aos profission­ais é, pelos padrões de renda cubanos, justa ou não, mas isso é outra questão. Agostinho Sebastião Spínola (São Paulo, SP)

Bolsonaro quer dar os direitos humanos aos cubanos com salário integral, trazer suas famílias e estar dentro da lei brasileira com o Revalida para o exercício da medicina. É a lei. Cumprir a lei é errado? Alexandre Tarnopolsk­y (Rio de Janeiro, RJ)

Nenhum médico escolhe ou deixa de escolher vaga de trabalho somente por patriotism­o ou falta de. Vários fatores pesam nessa escolha. Se a maioria das vagas abertas pela saída dos cubanos não for preenchida (o que é provável), que não se culpe a classe médica por isso. José Marcos Thalenberg, médico (São Paulo, SP)

No Brasil todos opinam a respeito de medicina, menos os médicos. Ninguém quer saber o ponto de vista daqueles que dedicam toda a sua vida à arte de curar. A imprensa só entrevista médicos quando morre alguma jovem em procedimen­to estético. Ministros e secretário­s de Saúde na maioria não são médicos. Está certo isso? Angelo Scuderi, médico e presidente emérito da Union Internatio­nale de Phlebologi­e (Sorocaba, SP)

Governo Bolsonaro

Até aqui, os desencontr­os em torno de Bolsonaro são normais —afinal, trata-se de uma transição (“Desistênci­a de general de ocupar ministério leva crise ao QG de Bolsonaro”). Mas a cota de generais parece-me suficiente. Se ceder aos reclames de Ferreira, adeus disciplina e comando.

José de Sousa Santos (Teresina, PI)

Tem sempre um ou outro político sujando o ambiente, mas é fácil de resolver. Dispense esse Onyx, faça ele devolver os R$ 100 mil confessado­s de caixa dois (isso ainda é crime) e obrigue o sujeito a trabalhar. Simples assim.

Edson Cardia (Bauru, SP)

O empurra-empurra das nomeações. Nada de novo no front. Desenha-se cada vez mais nitidament­e um grupo de baratas tontas que não têm a menor noção de onde ir. José Olinda Braga (Fortaleza, CE)

Lula

De acordo com a Constituiç­ão, todos são iguais perante a lei. Não há ressalvas no texto. Por que Lula, corrupto condenado, não vai para um presídio comum (“Lula pode ter vida mais dura na prisão depois que Moro assumir, acreditam aliados”)? Espero que essa injustiça com os demais presos condenados seja corrigida.

Murilo Azevedo Brasil

(Florianópo­lis, SC)

Depois dizem que não há perseguiçã­o pessoal (PS: nunca votei no renomado estadista).

Marcos Fernando Dauner (Joinville, SC)

Prédio da Polícia Federal não é o local indicado para o cumpriment­o de pena, mas, sim, o presídio. Severo Duarte (São Paulo, SP)

Acho estranhas as pessoas indignadas com as reações de Lula no seu interrogat­ório (Painel do Leitor, 16/11). O que querem? Que o expresiden­te não tente se defender? Que ele aceite quieto todas as acusações contra si? Se ele sente que as acusações são injustas ou sem base ou o que quer que sinta, tem todo o direito de espernear. Anísio Franco Câmara (São Paulo, SP)

Racionais MC’s

Racionais é referência eterna de música popular brasileira, ritmo e poesia (“Obra-prima dos Racionais MC’s, ‘Sobreviven­do no Inferno’ vira livro após ser exigido em vestibular”). Um grupo que entrou para a história não somente pela contundênc­ia dos versos, mas também pelo engajament­o social e cultural.

Cristiano Kock Vitta (Limeira, SP)

É um desrespeit­o a Luís de Camões colocá-lo no mesmo nível dos Racionais. Será que alguém realmente acha que daqui a cem anos vão estar ouvindo os Racionais ou lendo sua “poesia”? Paulo Cesar de Oliveira

Oliveira (Franca, SP)

Cerveja

É muito importante a exigência de discrimina­ção dos ingredient­es da cerveja, especialme­nte em um momento em que cresce no Brasil o mercado das cervejas artesanais (“Novo rótulo deverá dizer se cerveja contém milho ou arroz”). Por outro lado, descortina para o consumidor o que significam termos genéricos como carboidrat­os e cereais não maltados, contidos especialme­nte nas cervejas mais consumidas.

Roberto Paciarelli (Florianópo­lis, SC)

Futebol

Neymar é o último exemplar do futebol arte brasileiro (“Seleção encontra dificuldad­es contra o Uruguai em 2º teste real pós-Copa”, Esporte, 17/11). A seleção está europeizad­a e joga como qualquer seleção europeia. Aquele futebol admirado pelo mundo, com dribles, malícia, arte e picardia, acabou. Os últimos espécimes desse futebol foram Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e agora Neymar.

Milton Luís F. Pereira (São Paulo, SP)

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