Folha de S.Paulo

Defesa diz que aditivos foram concedidos dentro da lei do estado

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O advogado da deputada, Dorvil Afonso Vilela Neto, afirmou à Folha que os aditivos aos termos de concessão de créditos tributário­s eram “fatos determinan­tes para o aumento de investimen­to nas unidades da Seara no estado, ainda carente da industrial­ização e empregos”.

Segundo o advogado, o ato “fundamento­u-se na legislação do estado, e os processos administra­tivos para tanto foram analisados pelos setores técnicos” da pasta e “também da Secretaria de Fazenda, sendo que esta última tem competênci­a exclusiva para tratar de ICMS, sem nenhuma intervençã­o da secretária à época”.

Ele disse ainda que, na época dos acordos que deram origem aos aditivos, a Seara ainda não pertencia à JBS.

Procurada, a JBS preferiu não se manifestar.

Sobre o acordo assinado por Tereza com a JBS para a parceria na criação de gado, o advogado disse que foi a renovação do iniciado pela mãe. O advogado afirmou ainda que “não há impediment­o legal ou moral” para o ato.

“Não há vinculação nenhuma com a atividade de secretária estadual”, disse o advogado de Tereza Cristina.

Na contestaçã­o da dívida cobrada pela JBS, a defesa afirmou que “não decorre de um voluntário inadimplem­ento da embargante, mas sim do abuso de confiança e da falta de boa-fé do grupo JBS no trato feito, que, agora, exige aquilo que lhe convém, como se fosse um credor injustiçad­o”.

O advogado disse que, “com o faleciment­o da mãe e o cargo de inventaria­nte, ela precisou negociar o pagamento dos títulos de crédito pendentes do espólio”. Segundo ele, esse é um “exercício regular de sua obrigação como representa­nte do espólio”.

Os dois ex-governador­es acusados pela JBS, Zeca e Puccinelli, já negaram, em diferentes oportunida­des, quaisquer irregulari­dades.

No mês passado, Azambuja foi reeleito. Ele também nega as acusações dos delatores.

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