Coleção de mapas esquadrinha teor geopolítico da cartografia na era do colonialismo
A supremacia cultural, econômica e militar praticada pelas potências europeias na era colonial levou a interpretações cartográficas com forte teor geopolítico.
O nono volume da Coleção Folha O Mundo pelos Mapas Antigos, que chega às bancas no próximo domingo (25), analisa o tema por meio de elementos religiosos, militares, sociais e econômicos.
O colonialismo avançou propagando tal superioridade cultural, que traria, por exemplo, uma melhora das condições de vida dos invadidos.
Em 1573, um planisfério ilustra as reivindicações territoriais de Portugal e Espanha, que por meio dos tratados de Tordesilhas (1494) e Saragoça(1529) haviam dividido entre si o mundo conhecido —e o desconhecido— no início das Grandes Navegações.
Já nos séculos 18 e 19, mapas mostram territórios e domínios da Grã-Bretanha espalhados pelo globo —pintados de vermelho, cor da realeza, eles são tantos que deram origem à frase “O sol nunca se põe no Império Britânico”. O continente era movido por um forte sistema ideológico que unia expansionismo religioso e rápido avanço tecnológico.
O volume 9 da Coleção Folha vem com o mapa avulso “Untitled Teixeira Planisphere”, de 1573, do cartógrafo Domingos Teixeira, um dos registros mais ilustrativos do início do expansionismo colonial português e espanhol.
Ele tem o formato de uma carta náutica com uma lista de portos, a fim de explicitar as reivindicações coloniais da Coroa de Castela, na Espanha, ante o império português.