Folha de S.Paulo

Técnicos precisam de soluções para desfalques na final

- Bruno Rodrigues

Em meio à euforia que cerca o clássico deste sábado há duas pessoas que precisam tomar decisões, se possível, com a cabeça e não com o coração: os técnicos Marcelo Gallardo e Guillermo Barros Schelotto.

Ambos têm desfalques para o jogo decisivo e precisarão mexer na estrutura dos times.

Gallardo não poderá contar com Santos Borré, que jogou a partida na Bombonera e está suspenso, e nem com Ignacio Scocco, reserva no jogo de ida e que está lesionado. O atacante foi decisivo nas duas vitórias do River Plate sobre o rival este ano, dois triunfos por 2 a 0.

Uma das alternativ­as é povoar o meio de campo, deixando apenas Pratto à frente. Com isso, no lugar de Borré entraria o meia colombiano Quintero. Ignacio Fernández é outra opção para o setor.

Possibilid­ade mais remota é a entrada de um terceiro zagueiro, como fez no empate em 2 a 2, com Martínez Quarta entre os titulares Jonatan Maidana e Javier Pinola.

Caso Gallardo opte por trocar um atacante por outro, poderá escalar o uruguaio Rodrigo Mora, campeão da Libertador­es em 2015, mas que só marcou uma vez na atual edição, contra o Flamengo.

A tarefa de Guillermo Barros Schelotto não é mais fácil que a do técnico do River.

Seu atacante titular Cristian Pavón está relacionad­o, mas deixou o jogo da Bombonera com uma lesão na coxa esquerda e sua escalação é bastante improvável.

Seria natural pensar que Schelotto faria a mesma alteração da partida de ida, colocando Benedetto na vaga do camisa 7. Porém, o herói da semifinal contra o Palmeiras deve começar no banco.

A principal dúvida está entre Zárate e Carlos Tévez. O primeiro foi titular diante do Palmeiras na Argentina, mas perdeu a posição para o colombiano Villa em São Paulo. Se depender do torcedor, Tévez é o favorito.

A opção pelo jogador pode se justificar pelo histórico e pela idolatria, mas também pela injeção anímica em um grupo que deixou a Bombonera abatido com o empate.

Ao final do jogo, quando os atletas caminhavam ao vestiário, Tévez foi visto aos berros pedindo “cabeça para cima!” aos companheir­os, principalm­ente a Carlos Izquierdoz, zagueiro que marcou contra o segundo gol do River. Dessa forma, Schelotto usaria o coração do “Apache” para justificar a razão em escalá-lo.

“Surpreso? Não, mas não deixa de emocionar. A verdade é que encher o estádio dessa maneira somente para se despedirem de nós antes da final é emocionant­e. Isso nos contagiou um pouco mais a energia para o sábado Guillermo Barros Schelotto, Técnico do Boca, sobre a torcida no treino aberto na Bombonera

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