Canhão de luz e carros viram armas contra ataque do PCC
Esquema em aeroporto e prisão de Presidente Venceslau (SP) visa barrar resgate
As medidas de segurança adotadas pelo Governo de São Paulo em Presidente Venceslau (612 km da capital) para evitar um resgate de chefões da facção criminosa PCC incluem um sistema antiaéreo co mus ode luzes especiais, metralhadoras em pontos estratégicos e barricadas na pista do aeroporto local.
O bloqueio do aeroporto ocorre desde 10 de outubro por determinação da Justiça e conta com uso de veículos velhos espalhados pela pista.
São carro semotos apreendidos que antes estavam em um pátio da prefeitura, próximo ao local, e foram dispostos de forma a evitar aterrissagens. Uma das suspeitas da polícia envolve a possível utilização de um jatinho para levar o principal chefe da facção, Marco Camacho, o Marcola, para fora do país.
O sistema de segurança foi implantado, segundo policiais ouvidos pela Folha, desde o início da operação, em outubro, logo após a descoberta de plano de resgate que utilizaria helicópteros de guerra e exército de mercenários.
Outro item desse sistema antiaéreo são canhões de luz instalados nos pontos mais altos da muralha da penitenciária 2 de Venceslau, onde estão confinados outros chefes do PCC e o possível alvo de resgate.
A reportagem da Folha visitou a área do presídio nas noites de segunda (19) e terça (20) e verificou que canhões de luz ficam todo o tempo sendo movimentados de um lado para outro, em pontos diferentes da muralha.
Na entrada principal da penitenciária havia ainda um veículo blindado ocupado por um grupo de policiais fortemente armados, incluindo uma metralhadora com grande poder de destruição.
A arma, uma .MAG, foi instalada sobre o veículo blindado. Há um policial pronto para disparar contra um eventual invasor.
Tanto nas proximidades do aeroporto quanto da penitenciária, na zona rural, há atiradores de elite. São homens do batalhão de choque e do COE (operações especiais), que ficam camuflados.
“Eu levei o maior susto. Tinha ido caçar maxixe no mato e dei de cara com um policial desses. Ele perguntou: ‘Aonde a senhora vai?’”, disse a aposentada Ana Alves Moreira, 74, moradora de um bairro próximo ao aeroporto.
O mecânico de aeronaves Rafael Ferreira Rosa, 28, disse que por uma série de vezes policiais militares estiveram no seu hangar para fazer perguntas e recomendaram que não ficasse circulando durante a noite por ali. “Não estou saindo nem de dia, quanto mais à noite”, respondeu aos PMs, segundo ele.
“Eu levei o maior susto. Fui no mato e dei de cara com um policial desses
Ana Alves Moreira aposentada
“Não estou saindo nem de dia
Rafael Ferreira Rosa mecânico