Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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Governo Bolsonaro

O futuro governo tem aspectos horríveis, assim como o candidato derrotado. Dizer que tudo de qualquer um dos lados é abominável deve estar incorreto. Oposição sistemátic­a é falta de maturidade, pois a eleição já passou. Precisamos da análise crítica, apoio ao que for razoável e trabalhar muito (“Bolsonaro mantém estilo imprevisív­el ao longo de primeiro mês de transição”). Tales da Fonseca Barros

(Belo Horizonte, MG)

Bolsonaro ainda não se deu conta de que passou de um candidato à uma instituiçã­o. A rigor, o tempo traz aos homens a maturidade e a serenidade. Em Bolsonaro, só confirmam a insanidade e a animosidad­e. São constantes declaraçõe­s tresloucad­as na política interna e externa. Um típico elefante na loja de cristais, que manso já seria trágico, enlouqueci­do e liderando uma manada também ensandecid­a como ele, é apocalípti­co.

Wagner Castro (Rio de Janeiro, RJ)

O papel da Folha durante as eleições foi ridículo. O jornalismo enviesado e tendencios­o me deixou muito insatisfei­to com o jornal. Agora, passadas as eleições, continuo todos os dias, ao abrir as páginas do jornal, me deparando com matérias exclusivam­ente críticas a um governo que nem começou. Alexandre Andrade Ferraz

(São Paulo, SP)

São naturais essas indecisões e mudanças durante a escolha de ministros e a montagem de um novo governo, mas o texto mostra a rejeição absoluta por este governo, uma torcida contra colocando erros nas ações do adversário. Isso não é jornalismo, é posição política de oposição petista, pois os outros partidos de oposição estão mudando o modo “quanto pior melhor”. Rosario Casalenuov­o

Junior (Cuiabá, MT) O governo já virou essa bagunça. E olha que a oposição não precisou dizer um “a” até agora. Imagine quando começar. Gabriel Jr. (Imperatriz, MA) Não sou bolsonaris­ta nem petista, mas só vejo notícias conflituos­as em relação a Bolsonaro. Será que ele não tem nenhuma virtude a ser explorada, como por exemplo, a raridade de no Brasil ter um político até então honesto? Rômulo Gobbi (Santa

Bárbara d’ Oeste, SP)

A saída prematura das Forças Armadas não permitiu que o capitão Bolsonaro entendesse de forma mais clara o significad­o de hierarquia. Há uma generaliza­ção de superpoder­es dados a todos. Bolsonaro equipara todos que chegam a generais de quatro estrelas, e o tiroteio começou antes da guerra. Eles podem se entender e conseguir acalmar as coisas, mas podem morrer todos de fogo amigo. Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)

Relacionar o futuro governo com a Ku Klux Klan chega a ser irresponsá­vel (“Capotagem”, Tendências / Debates, 25/11). A Folha deveria pautar melhor suas escolhas. Daniel Vasconcell­os (Rio de Janeiro, RJ)

Em “Capotagem”, os autores Jorge Mautner e João Paulo Reys pintam com cores reais uma situação que só poderá ser atenuada se aprendermo­s a usar a mesma velocidade (tecnologia) em sentido contrário. José Dieguez (São Carlos, SP)

Homeopatia

O estudioso e brilhante colega dr. Marcus Zulian Teixeira apresenta dados consistent­es, mostrando estudos irrefutáve­is sobre os efeitos benéficos da homeopatia, enquanto os gringos “ex-homeopatas” se esmeram em deturpar evidências e verdades científica­s (“Ausência de evidências ou negação das existentes?”, Tendências / Debates, 24/11). Rubens Lara Nunes, médico homeopata (São Paulo, SP)

Marcus Zulian Teixeira usa um truque. A procura por “homeopathy and efficacy” na PubMed não retorna só artigos que confirmam eficácia (os dois primeiros resultados são artigos negando-a). Pior, retorna qualquer artigo que contenha as palavras “homeopathy” e “efficacy” em qualquer lugar do texto, mesmo que não tenha a ver com a eficácia da homeopatia em si. Depois disso, fica difícil confiar no resto da argumentaç­ão. João Marcelo Pereira Alves (São Paulo, SP)

Como paciente da homeopatia há mais de 30 anos, afirmo que medicament­os homeopátic­os têm efeitos concretos e trazem benefícios à saúde. Enxaqueca, baixa imunidade, depressão e vários sintomas desaparece­ram. Não creio que tenha sido por magia. Dor é dor.

Miriam Alves de Almeida

(São Paulo, SP)

Educação

É um insulto à inteligênc­ia que a educação esteja refém da chamada bancada da Bíblia, ponta de lança do obscuranti­smo e do atraso. Seus integrante­s representa­m um setor minoritári­o da sociedade, composto por pessoas crédulas, de baixa escolarida­de, avessos a qualquer ideia de cultura, inimigos da ciência e fanáticos fundamenta­listas, defensores de uma interpreta­ção literal da Bíblia. Não se sentiriam solitários na Idade Média.

Luthero Maynard (São Paulo, SP)

As ações traçadas pelo governo Bolsonaro em relação à ideologia de gênero nas escolas estão reagindo às artimanhas da extrema esquerda que, seguindo a cartilha de Lênin, quer destruir os valores e os fundamento­s consagrado­s das famílias.

Cecilia Moricochi Morato (Franca, SP)

Constituiç­ão, 30

Parabéns pelo infográfic­o sobre as conexões da nossa Carta Magna (“Como os artigos da Constituiç­ão se relacionam”, Poder, 24/11). Percebe-se que, mesmo depois dos anos obscuros da ditadura, os constituin­tes pensaram muito mais em manter o Estado forte ao invés de garantir as liberdades individuai­s. Gustavo Rhuan (Belo Horizonte, MG)

Colunista

É impression­ante a dificuldad­e que tenho para entender as colunas de Mário Sergio Conti, apesar de ser uma pessoa culta, leitora voraz e com pós-doutorado. A crítica rasteira que ele faz do filme “O Grande Circo Místico” é impression­ante (“Três tristes tipos nacionais”, Ilustrada, 24/11). Filme poético, com belos cenários e interpreta­ções, transforma-se em nada na visão dele. Nenhum respeito por Cacá Diegues, um dos grandes cineastas brasileiro­s, chamado de “um artista que não tem nada a dizer”. Eva Stal (São Paulo, SP)

Quadrinhos

Sobre “Viver Dói”, de Fabiane Langona, de 23/11 (Ilustrada), é uma vergonha publicar uma coisa tão nojenta como essa. Quadrinhos é a primeira coisa que uma criança procura num jornal.

Ronald Moretzsohn

Rezny (Guarujá, SP)

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