Presidente argentino culpa barras bravas por adiamento
Três dias depois do incidente que causou a suspensão da segunda partida das finais da Copa Libertadores de 2018, o presidente Mauricio Macri deu pela primeira vez declarações públicas sobre o ocorrido, ao lado dos ministros Patricia Bullrich (Segurança) e Germán Garavano (Justiça).
Ele declarou estar “frustrado” com o fato de que “a violência ganhou espaço”. Porém, insistiu que as autoridades responsáveis não irão ceder “aos violentos, às máfias que muitas vezes estão detrás desse tipo de tragédias”.
Macri respaldou as declarações de domingo de Horacio Rodríguez Larreta, chefe de governo de Buenos Aires, que disse que a culpa pelo incidente, que provocou o apedrejamento do ônibus do Boca, era de “energúmenos” pertencentes às barras bravas, a quem não havia sido permitida a entrada no estádio. E acrescentou: “Isso que ocorreu tem de nos levar à reflexão, não podemos ficar só no anedótico, é preciso uma lei que impeça os barras bravas de premeditar e levar a cabo esse tipo de ataque”.
Macri também se queixou na demora do Congresso Nacional para aprovar lei que endurece as penas de quem se envolver em atos de violência relacionados ao futebol.
O presidente, porém, evitou emitir opiniões sobre como deve ficar a final.
Duas horas depois do pronunciamento do presidente, Larreta pediu que o ministro de segurança da cidade, Martín Ocampo, renunciasse, por considerar que os principais erros no planejamento da chegada do ônibus do Boca ao Monumental foram cometidos pela polícia metropolitana, que responde a essa pasta. Leia mais sobre Argentina na pág. A15