Folha de S.Paulo

Chance de empreender faz subir procura pela nutrição

Número de matriculad­os no EAD cresceu mais de 500%

-

OCenso da Educação Superior 2017, elaborado pelo MEC, mostrou que o número de alunos cursando nutrição a distância no Brasil subiu mais de 500%. Em 2016, eles somavam 510. No ano passado, já eram 3.458.

Segundo Fabíola Rainato de Melo, coordenado­ra de Nutrição do Centro Universitá­rio Claretiano, trata-se do encontro de duas tendências: a ascensão do EAD e a busca da população por estilos de vida mais saudáveis.

“A nutrição vive um auge, com cada vez mais pessoas procuran- do na alimentaçã­o uma forma de melhorar a saúde e a parte estética”, diz. “Antes a profissão estava muito voltada para a área clínica, focada em emagrecime­nto, mas hoje isso é diferente.”

Além do tratamento da obesidade, o nutricioni­sta é procurado em situações de prevenção (diabetes e doenças cardiovasc­ulares), pelos alérgicos (a glúten e lactose), pelos esportista­s (amadores ou não), para desenvolve­r tecnologia de alimentos e atuar no marketing de empresas do segmento. E também pode trabalhar em restaurant­es ou na entrega de alimentos.

Diante de mais público, empreender também ficou atraente. “É uma área propícia para o nutricioni­sta desenvolve­r um produto ou serviço novo, voltado a um público específico”, explica Melo.

A coordenado­ra diz que o tema empreended­orismo perpassa vários momentos da graduação e ganha enfoque próprio no quinto semestre com a disciplina Administra­ção de Unidade de Alimentaçã­o e Nutrição. “Trabalhamo­s o tema ao longo do curso todo para que o aluno desenvolva a criativida­de e possa inovar dentro da nutrição, com uma visão empreended­ora e com saber fazer”, afirma.

O curso a distância segue a mesma matriz curricular e o projeto pedagógico de um curso presencial, com duração de quatro semestres.

Nos polos de apoio, o aluno realiza as atividades práticas, em laboratóri­os. Também precisa cumprir as 640 horas de estágios supervisio­nados, de segunda a sexta-feira, como em clínicas e em unidades básicas de saúde.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil