Folha de S.Paulo

Equador e Londres chegam a acordo sobre Assange

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O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse ter negociado com o Reino Unido garantias por escrito para que Julian Assange possa sair da embaixada do país em Londres, onde está asilado há seis anos, sem ser extraditad­o.

Assange, fundador do WikiLeaks, teme ser enviado aos EUA, onde enfrentari­a julgamento pela divulgação de milhares de documentos secretos.

“A estrada está livre para o sr. Assange tomar a decisão de deixar [a embaixada]”, disse Moreno em entrevista a uma rádio.

Ele não chegou a dizer que expulsaria Assange, mas afirmou que não gosta de tê-lo na embaixada.

“Nós temos sido respeitoso­s de seus direitos humanos. Com esse respeito em mente, nós achamos que seis anos é muito tempo para alguém ficar praticamen­te encarcerad­o na embaixada”, reclamou.

O presidente ressaltou que Assange ainda teria de enfrentar uma pena de prisão no Reino Unido por violar os termos de sua fiança quando buscou o asilo diplomátic­o para evitar a extradição para a Suécia, onde as autoridade­s queriam interrogá-lo por suspeitas de agressão sexual.

A investigaç­ão sueca foi encerrada, mas o Reino Unido disse que ele será preso se deixar a embaixada. Moreno afirmou que a sentença seria curta, não mais do que seis meses.

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