Folha de S.Paulo

Abordagem a Lewandowsk­i

-

Por que o advogado que abordou o ministro Ricardo Lewandowsk­i não foi a Brasília e pediu uma audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal para manifestar a sua “vergonha”? É razoável presumir que não o fez porque não haveria plateia, não haveria como gravar vídeo, não haveria espetáculo a ser divulgado. Se partirmos do pressupost­o de que cada um tem direito a um “STF que decide conforme penso”, como ficamos?

José Galdino da Silva Filho (Jaboatão dos Guararapes, PE)

Hélio Schwartsma­n pôs os pingos nos “is” no episódio do advogado com o ministro do STF em pleno voo (“Vergonha de ser brasileiro”, Opinião, 7/12).

Aluísio Dobes (Florianópo­lis, SC)

Não considero que o advogado Cristiano Acioli tenha sido grosseiro ou inoportuno ao expor sua opinião sobre a corte. Ele expressou um desabafo do qual certamente muitos brasileiro­s compartilh­am e o fez fora do STF, em um ambiente público, dirigindo-se a uma pessoa que, apresar de sua função, naquele momento era um mero passageiro do avião.

Vera Lucia Lorenzi Damaso

(São Paulo, SP)

Será que existe algum interesse não republican­o em demonizar o Supremo? O provocador parece ter conseguido um slogan. No caso do avião, estou 100% com o ministro Ricardo Lewandowsk­i. A instituiçã­o tem de ser respeitada em quaisquer circunstân­cias, goste-se ou não das decisões tomadas por ela (“Questão de honra”, de Mônica Bergamo, 6/12).

Natanael Batista Leal

(Brasília, DF)

Poder moderador

Não há dúvidas de que o Judiciário perdeu credibilid­ade e, portanto, poder. Ao insistir no corporativ­ismo, em privilégio­s e na recusa em cortar na própria carne, atingiu uma perigosa desmoraliz­ação. Infelizmen­te, parte do Judiciário e do Ministério Público parece não se preocupar com justiça social. Se esse vácuo será ocupado por outros segmentos, ainda não sabemos. Observando o STF podemos ver que a palavra moderador não cabe, falta exemplo. O assunto abordado na reportagem é oportuno (“Poder moderador passou aos militares, diz professor”, Poder, 7/12).

Roberto Foz Filho (Jundiaí, SP)

Democracia

Concordo com a opinião do professor Fábio Konder Comparato quando ele analisa a decepção com a democracia em nosso continente (“Por falar em democracia”, Tendências / Debates, 7/12). Mas não devemos deixar passar em branco que em nossa história a democracia já foi usada como desculpa para a obtenção de apoio popular por figuras como Getúlio Vargas e Hugo Chávez. É sempre melhor ir pelo ceticismo do que pelo fanatismo.

Matheus de Melo Rheda

(São Paulo, SP)

Esquerda

Sabe qual é o problema, professor Vladimir Safatle? A esquerda precisa fazer uma crítica como sempre fez (“Organizar as lutas”, Ilustrada, 7/12). Sem embargo, só movimentos factuais dentro da USP não adiantam. Como economista, afirmo: o desmonte do Estado com essa cartilha neoliberal afundará ainda mais nossa produtivid­ade. O que nós progressis­tas fizemos? Nada. Na época da ditadura existiam ainda Roberto Campos, Delfim Netto. Hoje, debatemos com quem sobre política e economia? Olavo de Carvalho? É o fim.

Gustavo Benfica (Nova Iguaçu, RJ)

Sou liberal clássico e sempre abominei a forma de construção e de fazer política da esquerda tanto no Brasil como no restante da América Latina. Sempre me pareceu uma mistura violenta de pautas (as econômicas são um escárnio) e, como já foi corretamen­te explicitad­o no artigo, sempre reativa. Acho que uma parte das mentes pensantes da esquerda tem esse diagnóstic­o, mas não detém os meios para romper essa espiral. Juliano Olivette (Londrina, PR)

Foto de Lorenzoni

Qual o intuito de pôr a foto do futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com uma mosca pousando em seu nariz (Poder, 7/12)? Quem fotografou e/ou publicou a imagem gostaria de sair assim no jornal?

José Abrami (Sorocaba, SP)

Nome em placa de obra

O leitor Joviano J. Casarin disse que a sugestão de Onyx Lorenzoni de pôr o nome de deputados em placas de obras é umretroces­so(Paineldo Leitor, 7/12). O que seria um avanço? A continuida­de do toma lá dá cá? Vamos deixar os homens trabalhare­m e, depois, se não der certo, criticarem­os. Antônio Carlos Romeu Fogaça (São Paulo, SP)

Amazônia

Preocupar-se com o meio ambiente, sim, mas sem fanatismo (“Amazônia: a grande farsa”, de José Altino Machado, Tendências / Debates, 7/12). O Brasil não pode parar por causa de ambientali­stas e nem deixar fazendeiro­s especulado­res tirar proveito de terras da União. Este deve ser feito exclusivam­ente pela União, para atender a nação.

Leozete Barcelos (Colômbia, SP)

Dificuldad­es ambientais criadas por tratados internacio­nais sempre seguidos de “compensaçõ­es financeira­s” condenam o povo a viver na miséria apesar de rodeado pela riqueza. A esperança está no próximo governo.

Osmar Cesar Gama (Peruíbe, SP)

Livrarias

Adorei o texto “Irmãos em livros”, do Ruy Castro (Opinião, 7/12). Algumas vezes entro na livraria sem um livro determinad­o para comprar e, olhando as estantes, um deles me salta aos olhos. Quando isso ocorre, sinto como se ele tivesse me escolhido. Livraria é um lugar mágico, acreditem. Deborah Fialho Ribeiro

(Belo Horizonte, MG)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil