Folha de S.Paulo

Doutor particular pediu o maior número de exames

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Cobrando R$ 550 pela consulta, o médico atendeu a repórter em seu consultóri­o, em um hospital em São Paulo.

Depois de ouvir a queixa da dor e a explicação sobre a cirurgia de escoliose, pediu que ela fosse até o banheiro, na própria sala, para vestir um avental com abertura na parte de trás.

Examinou as costas, solicitand­o diferentes movimentos com os braços e posições (em pé, inclinada, sentada e deitada). Também perguntou sobre o nível de ergonomia no ambiente de trabalho.

Em seguida, falou que seria necessário fazer uma bateria de exames para averiguar as condições da coluna —tanto da parte operada quanto da que não passou por intervençã­o.

Fez pedidos para radiografi­a panorâmica da coluna, ressonânci­a magnética de cervical, dorsal e lombar e tomografia computador­izada dorsal e lombar.

Não prescreveu tratamento. A consulta durou 24 minutos —a mais demorada de todas.

No retorno, analisou todos os exames, sem olhar o laudo feito pelo laboratóri­o, e disse que a situação da coluna era ótima. Então, associou a dor ao impacto da cirurgia nos músculos da região, que, ao serem cortados e esticados, provavelme­nte não voltaram 100% ao normal.

Recomendou fazer dez sessões de RPG (reeducação postural global) —e voltar à atividade em períodos de maior dor— e tomar relaxante muscular quando necessário.

Ortopedist­a só prescreveu tratamento depois de analisar os resultados do laboratóri­o

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