Folha de S.Paulo

Empurra que vai

- Ricardo Balthazar (interino) painel@grupofolha.com.br

O futuro ministro da Infraestru­tura, Tarcísio Gomes de Freitas, incluiu em sua agenda para o próximo ano um pacote com o objetivo de modernizar a Lei de Licitações, remover entraves burocrátic­os e reduzir exigências que inibam a participaç­ão do setor privado em novos empreendim­entos. A lista incluirá projetos em andamento no Congresso e outras medidas. Uma das suas propostas é mudar regras das parcerias público-privadas, para facilitar a montagem de projetos menos complexos.

torre de papel “A quantidade de exigências desestimul­a as empresas”, afirma Freitas, que terá sob sua administra­ção rodovias, ferrovias, aeroportos e o setor portuário. “Passar uma rodoviária para a iniciativa privada não pode ser tão complexo quanto um novo serviço de telecomuni­cações.”

alguém vai pagar No debate sobre a nova Lei de Licitações, o futuro ministro está entre os que defendem a criação de um seguro para garantir a execução de grandes obras e evitar que imprevisto­s acarretem custos maiores para o setor público. A ideia gera preocupaçã­o entre empreiteir­as.

podem esperar Integrante­s da equipe econômica de Jair Bolsonaro (PSL) apostam que o futuro ministro Paulo Guedes só apresentar­á no próximo ano a proposta de reforma da Previdênci­a que será encampada pelo novo governo.

sinais de fumaça Na avaliação desses colaborado­res, Guedes considera suficiente­s os gestos feitos até aqui para indicar que as mudanças nas aposentado­rias serão prioritári­as. Ele teme o bombardeio que sofreria se divulgasse detalhes do projeto agora, três meses antes de o Congresso começar a discuti-lo, dizem.

estamos juntos Questionad­o sobre sua disposição para patrocinar uma chapa alternativ­a na disputa pela presidênci­a da Câmara dos Deputados, o manda-chuva do PR, Valdemar Costa Neto, disse que a sigla está 80% fechada com a candidatur­a de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à reeleição.

cadeiras no baile Na briga pela liderança da bancada do PSL, o deputado Delegado Waldir (GO) conta com o apoio da família de Bolsonaro, dizem dirigentes da sigla. O deputado eleito Major Vitor Hugo (GO) aposta na simpatia da ala militar do futuro governo.

escolha o remédio Após admitir que não informou à Receita Federal suas transações financeira­s com um ex-assessor de seu filho, Jair Bolsonaro tem duas opções, dizem especialis­tas. A mais amarga é esperar o fisco agir. Ele pode ser obrigado a recolher imposto e multa por ter omitido os pagamentos que recebeu.

nada consta A outra possibilid­ade seria o presidente eleito retificar suas declaraçõe­s à Receita, informando às autoridade­s o empréstimo de R$ 40 mil que afirma ter feito ao policial Fabrício José de Queiroz. Nesse cenário, Bolsonaro ficaria livre de punição, explica um advogado.

cobre com juros Ao falar sobre o caso no sábado (8), Bolsonaro afirmou que o empréstimo não foi declarado porque foi “se avolumando” com o tempo. “Não posso de um ano para o outro, ah, mais 10 mil, mais 15 mil”, disse. “Se eu errei, eu arco com a minha responsabi­lidade perante o fisco, sem problema nenhum.”

fica para depois A crise financeira fez o governo de Roraima reter receitas estaduais que devem ser repassadas obrigatori­amente aos municípios, obrigando as prefeitura­s de Boa Vista e cidades do interior a recorrer à Justiça para receber o dinheiro antes da intervençã­o do governo federal.

o meu primeiro O Executivo também acumulou dívidas com a Assembleia Legislativ­a e os tribunais estaduais, mas recursos previstos no orçamento para o Ministério Público do estado estão em dia.

de grão em grão Ao aprovar proposta de Orçamento para 2019 na quinta-feira (6), a Câmara Municipal de São Paulo elevou de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões o valor das emendas que cada vereador pode apresentar para custear projetos em suas bases eleitorais.

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