Folha de S.Paulo

Um quarto da população do planeta escolherá novo governante em 2019

Superpopul­osos, Índia, Indonésia e Nigéria irão às urnas; menos de 50% do mundo vive em democracia­s

- Flávia Mantovani

O ano de 2019 será movimentad­o do ponto de vista eleitoral —ao menos no que diz respeito ao número de pessoas envolvidas.

Cerca de um quarto da população do planeta vive em países que terão eleição para presidente ou primeiro-ministro neste ano. Entre eles, a Índia, segundo mais populoso do mundo, com seu 1,3 bilhão de habitantes, e a Indonésia, o quarto, com 263 milhões.

Na América do Sul, Argentina, Uruguai e Bolívia irão às urnas, todos em outubro. No norte do continente, o Canadá terá eleições gerais no mesmo mês. Em fevereiro, a Nigéria, país mais populoso da África e o sétimo do mundo, também escolherá um novo presidente. Outro grande país da região, a África do Sul, terá eleições gerais em maio.

A parcela da população mundial que vive em regimes democrátic­os, no entanto, não chega a 50%. Segundo levantamen­to de 2018 da revista britânica The Economist, 47,7% das pessoas vivem em países com esse tipo de regime, sendo que só 4,5% sob democracia­s plenas (o restante é classifica­do como “democracia com falhas”).

No ano anterior, o número era ligeiramen­te maior: 49,3%. Entretanto, a mesma pesquisa —que desde 2006 dá notas de 0 a 10 para 167 países levando em conta indicadore­s como participaç­ão política, liberdades civis e processo eleitoral— mostra que a democracia parou de recuar.

Pela primeira vez em três anos, o índice global se manteve estável. Apenas 42 países tiveram declínio no ranking, em comparação com 89 em 2017, e 48 melhoraram.

O Brasil, classifica­do como “democracia com falhas”, aumentou sua nota de 6,86 para 6,97.

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