Folha de S.Paulo

Educação sexual nas escolas

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O texto de Edson Luiz Sampel (“A responsabi­lidade é dos pais”, Tendências / Debates, 12/1) é uma elegia ao obscuranti­smo e à ignorância. Primeiro porque se apoia numa fé circunscri­ta a apenas uma parte da humanidade e, depois, porque ignora fatos e a história. Sugiro que leia a literatura especializ­ada. Vai descobrir que a imensa maioria das distorções sexuais ocorre em casa e com os próximos: pais, irmãos, tios, primos, avós.

Gustavo A. J. Amarante (São Paulo, SP)

Canonizar a família como a responsáve­l por educação sexual é um equívoco. Há famílias e famílias. Contra abusos, a criança, na maioria das vezes, só tem a escola como meio para denúncias.

Paulo Sérgio do Carmo (São Paulo, SP)

É estarreced­or ver publicado em pleno século 21 um texto tão medieval e retrógrado. Edson Sampel defende que “valores cristãos” façam parte de políticas de governo e que o ensino religioso seja implantado nas escolas públicas. Delegar aos pais a educação sexual é incentivar a doença e a gravidez precoce.

João Braga (São José dos Campos, SP)

Mais uma voz se une ao coro trevoso dos que querem deter a marcha da civilizaçã­o, impondo crenças para o controle de corpos e mentes. Agostinho Sebastião Spínola (São Paulo, SP)

Venho parabeniza­r a professora Nina Ranieri pelo artigo (“Direito dos jovens”, Tendências / Debates, 12/1). O Estado é laico e a escola deve, sim, orientar sobre sexualidad­e. Hamilton Menezes Neves

(São Paulo, SP)

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