Folha de S.Paulo

Faturament­o de livros fica no azul, mesmo com crise

- Maria Cristina Frias Karime Xavier - 9.mar.17/Folhapress

A recuperaçã­o judicial das grandes livrarias não impediu que o mercado editorial fechasse 2018 com leve alta.

Os números ainda não podem ser divulgados, mas houve um pequeno aumento, segundo Ismael Borges, líder do setor da Nielsen que mede as vendas.

“Houve cresciment­o, mas foi tímido em termos de faturament­o, depois do desconto da inflação.”

A Livraria Cultura pediu recuperaçã­o judicial em outubro do ano passado, e parte da sua dívida de R$ 285 milhões é com as editoras.

A Saraiva, com R$ 675 milhões a pagar aos credores, também entrou em recuperaçã­o, em novembro de 2018.

“Não fosse o problema das duas redes, teríamos tido um ano excepciona­l, com 10% de cresciment­o”, diz Tomas Pereira, sócio da Sextante.

O faturament­o da editora foi estável no ano passado, de acordo com ele.

“O momento crucial desse mercado é o último bimestre. Àquela altura do ano, no entanto, não podíamos fornecer para as redes, que, somadas, representa­m 40% da vendas.”

As vendas de obras sobre gerenciame­nto e negócios tiveram alta de 200%. É um segmento que tem fatia grande de suas vendas em lojas digitais, segundo Borges, da Nielsen.

“A alta desse nicho compensou desempenho­s negativos de outros ramos, como livros de concursos públicos, que caíram agressivam­ente.”

“A categoria de negócios sempre foi bem, mas nos últimos dois anos a base de leitores cresceu muito”, diz Pereira.

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