Folha de S.Paulo

Irmãos Efromovich controlam empresa em teia de negócios

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A Avianca Brasil é uma das empresas que fazem parte do emaranhado de negócios dos irmãos Germán e José Efromovich reunidos em torno do Synergy Group, que atua nos mercados de aviação, petróleo e gás e outros.

O grupo é dono dos estaleiros Mauá e Eisa, também em recuperaçã­o judicial.

Germán foi citado em 2016 na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que afirmou que o empresário depositou R$ 28 milhões em uma conta na Suíça. Não houve denúncia formal.

O irmão José fica com a Avianca Brasil.

Em dezembro, as seguradora­s Chubb e Fator entraram na Justiça solicitand­o a revisão da recuperaçã­o judicial. Segundo elas, a estrutura societária da companhia foi montada para “blindar” o patrimônio dos sócios.

A Avianca Brasil não comenta o caso.

Conforme dados do processo, José detém 99,53% das cotas da empresa Spsyn Participaç­ões, que, por sua vez, tem 80% das ações da AVB Holding, dona de 100% das ações da Avianca Brasil.

A companhia aérea nasceu em 1998 como Ocean Air e passou a se chamar Avianca Brasil em 2010.

Na ocasião, assinou acordo de licença de uso de nome com a Avianca Holdings, do irmão Germán. As duas são formalment­e separadas.

Quando veio à tona em dezembro de 2018 o pedido de recuperaçã­o judicial da Avianca Brasil, a homônima Avianca Holdings apressou-se a emitir um comunicado na Colômbia dizendo que não tinha qualquer relação com a empresa brasileira.

Na prática, os sócios são os mesmos. Pela engenharia societária dos irmãos Efromovich, o Synergy controla a Avianca Holdings.

Desde dezembro, nenhum dos altos executivos da companhia se manifestou publicamen­te. O único que deu entrevista, porém, foi Germán, que é presidente do conselho da Avianca Holdings.

A um programa de TV colombiano, o empresário queixou-se da alta do combustíve­l em um momento de demanda baixa como o que aconteceu no Brasil e falou em um possível investimen­to da americana United como alternativ­a para salvar a Avianca Brasil. A empresa nega.

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