Folha de S.Paulo

Mundial de skate no Rio indica disputa acirrada para estreia olímpica do esporte

Brasileiro­s Leticia Bufoni e Kelvin Hoefler foram superados por japonesa e americano

- Ricardo Borges/ Folhapress

O Mundial de skate street realizado no Rio de Janeiro, que terminou neste domingo (13), mostrou algumas tendências para a estreia do esporte em Olimpíada, nos Jogos de Tóquio-2020.

Os atletas brasileiro­s estão entre os melhores do mundo e serão favoritos na disputa por medalhas no Japão, mas a concorrênc­ia estrangeir­a também promete ser forte.

Os campeões na pista com rampas, escadas e corrimões montada na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, foram a japonesa Aori Nishimura, 17, e oamer ica noNyjahHus­ton ,24.

Leticia Bufoni e Kelvin Hoefler, ambos de 25 anos e destaques do Brasil na modalidade street (uma das que estarão na Olimpíada), ficaram com o vice-campeonato. Felipe Gustavo, 27, também foi ao pódio, com o terceiro lugar.

Brasil e EUA são os países com mais atletas na elite do skate, mas o Japão tem investido no esporte e alcançado bons resultados. No último mundial de park (a outra categoria olímpica), disputado na China, o brasileiro Pedro Barros e a japonesa Sakura Yosozumi foram os campeões.

A etapa decisiva da Street Lea gu eéo primeiro Mundial da categoria reconhecid­o pelo Comitê Olímpico Internacio­nal. Nesse modelo, cada atleta faz duas voltas de 45 segundos e cinco manobras. As quatro maiores notas são considerad­as para o resultado.

Neste domingo, afinal masculina chamou a atenção pelo nível técnico. Vários skatistas conseguira­m notas acima de 9, considerad­as muito altas.

Huston somou 37,6 pontos, seguido por Hoefler (37) e Gustavo (35,5). Ivan Monteiro, o outro brasileiro na decisão, terminou em sexto.

Afinal feminina também teve emoção. Bufo nis e aproximo udo título em sua última manobra, ao obter uma nota 9 que a colocou no primeiro lugar temporaria­mente.

Ela e o público comemoram muito, mas ainda faltava a última chance de Nishimura, que precisava de uma nota 8,5 para terminar na ponta. Foi o que ela conseguiu, desbancand­o a atleta da casa.

A americana Lacey Baker ficou na terceira posição. Outras três brasileira­s participar­am da final: Pâmela Rosa, Karen Feitosa de Barros e Virgínia Fortes Águas, esta última de apenas 12 anos, mas não chegaram ao pódio.

“Estou feliz co maminha performanc­e. Consegui fazer tudo o que eu queria, o que planejei, mas não foi o suficiente. Bora para as próximas competiçõe­s, porque vai ser um ano muito longo, mas muito bom”, afirmou Bufoni.

O ranking de classifica­ção para Tóquio levará em consideraç­ão os três melhores resultados obtidos na temporada 2019 (até setembro) e os seis melhores da temporada 2020 (de setembro deste ano a maio do próximo).

Ao todo, serão 80 skatistas na Olimpíada, 20 em cada gênero nas categorias park e street. Em cada evento há o limite de três representa­ntes por país e o mínimo de um skatista por continente. O Japão tem vaga garantida em cada um deles.

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Com camisa da seleção brasileira de futebol, Leticia Bufoni faz manobra em arena no Parque Olímpico

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