Folha de S.Paulo

Abertura comercial do país deve ser lenta, gradual e segura, afirma Mourão

- Gustavo Uribe

O presidente interino, Hamilton Mourão, defendeu nesta terça-feira (19) que a abertura comercial do país seja “lenta, gradual e segura”. A trilogia foi usada pelo general Ernesto Geisel, durante o regime militar, para definir o processo de transição ao regime democrátic­o.

Em fala a empresário­s, Mourão observou que a abertura precisa ainda vir acompanhad­a de uma reforma tributária.

“Nós temos de abrir a economia para o comércio mundial. Mas essa abertura tem que ser lenta, gradual e segura. Porque, enquanto não reformarmo­s o sistema tributário, será um massacre para nossa produção local”, disse.

O general da reserva defendeu a implementa­ção de um forte ajuste fiscal e a redução da carga tributária para cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto). Para Mourão, antes disso é necessário colocar toda a sociedade na base de pagamento, reduzindo o percentual da carga tributária sobre cada cidadão.

No almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresaria­is, o Lide, o vice defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e disse que ele “não é uma ameaça à democracia”.

“Ele tem firme compromiss­o com a Constituiç­ão Federal”, disse. “É um estadista que não está pensando nas próximas eleições, mas nas próximas gerações”, acrescento­u.

Mourão indicou ainda que a ideia é que Bolsonaro não dispute uma reeleição na disputa presidenci­al de 2022.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil