Abertura comercial do país deve ser lenta, gradual e segura, afirma Mourão
O presidente interino, Hamilton Mourão, defendeu nesta terça-feira (19) que a abertura comercial do país seja “lenta, gradual e segura”. A trilogia foi usada pelo general Ernesto Geisel, durante o regime militar, para definir o processo de transição ao regime democrático.
Em fala a empresários, Mourão observou que a abertura precisa ainda vir acompanhada de uma reforma tributária.
“Nós temos de abrir a economia para o comércio mundial. Mas essa abertura tem que ser lenta, gradual e segura. Porque, enquanto não reformarmos o sistema tributário, será um massacre para nossa produção local”, disse.
O general da reserva defendeu a implementação de um forte ajuste fiscal e a redução da carga tributária para cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto). Para Mourão, antes disso é necessário colocar toda a sociedade na base de pagamento, reduzindo o percentual da carga tributária sobre cada cidadão.
No almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais, o Lide, o vice defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e disse que ele “não é uma ameaça à democracia”.
“Ele tem firme compromisso com a Constituição Federal”, disse. “É um estadista que não está pensando nas próximas eleições, mas nas próximas gerações”, acrescentou.
Mourão indicou ainda que a ideia é que Bolsonaro não dispute uma reeleição na disputa presidencial de 2022.