Folha de S.Paulo

Diplomacia, diz Bolsonaro sobre ação na Venezuela

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washington O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça (19) em Washington que o Brasil vai atuar com “diplomacia até as últimas consequênc­ias” diante da crise da Venezuela.

Antes, ao lado de Donald Trump, Bolsonaro não havia descartado uma ação militar no país vizinho — interpreta­do como um esforço para não desagradar ao americano.

Segundo integrante­s do governo americano, Trump sondaria Bolsonaro sobre um possível apoio do Brasil a uma ação militar. A ala militar do Planalto é contra uma intervençã­o na Venezuela.

“Diplomacia em primeiro lugar, até as últimas consequênc­ias. Trump repetiu que todas as hipóteses estão na mesa. O que ele conversou comigo reservadam­ente, me desculpa, mas não poderei conversar com vocês”, disse em entrevista coletiva.

“Tem certas questões que se você divulgar deixam de ser estratégic­as”, afirmara antes, ao lado do americano. Ambos apoiam o autodeclar­ado presidente interino Juan Guaidó, líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro.

Em nota, o governo Maduro acusou Trump e Bolsonaro de fazerem uma “apologia da guerra” com suas declaraçõe­s.

Bolsonaro fez um balanço de sua visita aos EUA, no qual celebrou a assinatura de salvaguard­as tecnológic­as, que vai permitir o uso comercial da base de Alcântara. Para ele, a base estava “ociosa, pior, deficitári­a, e agora será vantajosa” para o Brasil.

Indagado sobre se não estava cedendo demais, por exemplo, ao isentar da necessidad­e de visto turistas americanos sem contrapart­ida dos EUA, disse: “Alguém tem que ceder o braço, ou melhor, a mão. Primeiro fomos nós”.

Bolsonaro convidou Trump para ir ao Brasil, mas nenhuma agenda foi acertada.

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