Folha de S.Paulo

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Jair Bolsonaro

Por falta de outra opção pós-golpe, a elite brasileira embarcou na canoa Bolsonaro para impor suas reformas. A incapacida­de do sujeito, entretanto, é tanta que não está dando certo. Não basta a subserviên­cia, é preciso um mínimo de competênci­a (“Em duelo com Maia, Bolsonaro diz que reforma é no Congresso”, Mercado, 24/3). João Jaime de C. Almeida Filho (Embu-Guaçu, SP)

Será que o presidente tem uma intenção de, em nome de combater o que chama de “a velha política”, levar a um ponto de inviabilid­ade sua relação com o Congresso que pretensame­nte justificar­ia a instalação de um regime militar? Resta saber se as Forças Armadas o seguiriam —por enquanto, não parece ser o caso. Mas a reação negativa do Congresso à proposta de atualizar salários dos militares ao mesmo tempo que se propõe sacrifício­s aos civis pode levá-las a apoiar o suposto movimento bolsonaris­ta. Miguel Roberto Jorge (São Paulo, SP)

Presidente Bolsonaro, política é a arte de conciliar divergênci­as, diálogo. Se não mudar de conduta, enfrentará, logo, logo, uma campanha: “Mourão, já”.

Mário Rubial Monteiro (São Paulo, SP)

Jair Bolsonaro de certa forma é vítima do sistema. Ela acerta ao rejeitar “a velha política” que criou a prática da corrupção em praticamen­te toda a política. Isso tem de mudar. Mas mudar isso depende da criação efetiva de um sistema que funcione. E isso não é encargo exclusivo do governo. Depende de alterações legislativ­as, e talvez até constituci­onais, que sejam capazes de formular a “nova política”. Esse é o desafio de todos, não apenas do presidente (“Janela”, de Marcos Lisboa, Opinião, 24/3).

Édison Gonçalves (São Paulo, SP)

Diálogo

Concordo com a posição de Clóvis Rossi sobre a necessidad­e que o Brasil tem de conversar (“Contra o ódio, é preciso conversar”, Mundo, 24/3) . Porém acho necessário lembrar que a ideia do “conselhão” do governo Lula era exatamente essa, reunir pessoas de tendências, profissões e lugares distintos, para conversare­m.

Maria do Pilar Lacerda (São Paulo, SP)

Alckmin na sala de aula

A política precisa de mais professore­s como Geraldo Lackmin, que, assim como a população brasileira, acorda cedo todos os dia para trabalhar. Em tempo de demagogia e extremismo, alguém próximo à realidade do povo gera esperança (“Alckmin ressurge como professor com ‘aulas-discurso’ em universida­de de SP”, Poder, 24/3).

Ramirez Lopes, presidente da Juventude do PSDB da Cidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Geraldo é um homem decente e foi um grande governador. Conservado­r por conservado­r, ele teria sido um presidente muito melhor para o Brasil do que o “webpreside­nt” que acabamos elegendo.

Jayme Serva (São Paulo, SP)

Guedes X Olavo

Primorosa a análise de Demétrio Magnoli (“Para Paulo entender Olavo”, Poder, 23/3) sobre o questionam­ento do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao “Bruxo de Virgínia”, em jantar com a presença do presidente Jair Bolsonaro em Washington. Os alunos de Olavo de Carvalho deveriam ler o artigo. Wilson Benvenuti Junior, advogado (São Paulo, SP)

Prisão de Temer

Em que pesem os argumentos apresentad­os, o despacho do juiz Marcelo Bretas carece de fundamento fático (“Bretas ignora 3 fatos recentes listados pela Lava Jato para a prisão de Temer”, Poder, 23/3). A prisão de Temer se torna inconstitu­cional, banalizaçã­o do instituto da prisão preventiva e um abuso do sistema de Justiça, já que não se estabelece­ram indícios concretos de que o acusado estivesse ocultando ou destruindo provas. Apenas suposições, que não cabem no ordenament­o jurídico. Não podemos compactuar com prisões incompatív­eis com preceitos jurídicos e com o respeito ao contraditó­rio. Ademar Gomes, presidente do Conselho da Associação dos Advogados Criminalis­tas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Mudança na Folha

Tenho muito apreço pela Folha, da qual sou leitora há 44 anos (“O presente e o futuro da Folha”, Ombudsman, 24/3). Espero que continue com seu compromiss­o com a verdade, doa a quem doer.

Teresa Nunes de Paiva (São Paulo, SP)

Diz aquela expressão que há céu de brigadeiro. Pois o momento histórico é dos bons para a imprensa, cheio de nuvens negras. Há um céu de jornalista. Torcemos para que a

Folha continue o excelente trabalho das últimas décadas.

Nelson de Paula (Curitiba, PR)

Acesso a armas

Nem Melina Risso, especialis­ta do Igarapé, nem Delegado Waldir, deputado federal, estão cem por cento certos ao respondere­m à pergunta “O acesso a armas de fogo deve ser restringid­o?” (Tendências / Debates, 23/3). Contudo, ambos têm razão quando dizem que cabe ao Estado o controle das armas e que ter o porte é direito à vida, desde que respeitado­s os critérios legais. Destaque para a articulist­a quando afirma: “Segurança pública é um bem público e requer do Estado responsabi­lidade, liderança e investimen­to”.

Jarim Lopes Roseira, presidente da Seção de São Paulo da Internatio­nal Police Associatio­n (São Paulo, SP)

O deputado federal Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, afirma que “os criminosos têm livre acesso a elas (armas de fogo), que entram no Brasil por terra, água e ar” (“O acesso a armas de fogo deve ser restringid­o? Não”, Tendências / Debates, 23/3). Não seria muito mais eficaz fortalecer as forças de segurança para que pudessem impedir o tráfico dessas armas, em vez de ampliar o acesso irrestrito da população a elas? Segurança é dever do Estado.

Sergio Guedes da Fonseca Neto (Araraquara, SP)

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