Folha de S.Paulo

Guardiola amplia domínio de ligas nacionais na Europa

Bicampeão com Manchester City, catalão ganhou 9 das 11 ligas que disputou

- Bruno Rodrigues Glyn Kirk/AFP

São 9 títulos de 11 disputados. Não há no futebol mundial um técnico com aproveitam­ento tão bom em ligas nacionais quanto Pep Guardiola, que conquistou neste domingo (12) o bicampeona­to inglês no comando do Manchester City.

Somando esta com a conquista da temporada passada, o clube fez 198 pontos de 228 possíveis, com 201 gols marcados. E Guardiola, nas nove taças nacionais que já levantou, somou 906 pontos de um total de 1104 disputados —aproveitam­ento de 82%.

A atual campanha não foi tão brilhante quanto a de 2017/2018, na qual atingiu a marca de 100 pontos, recorde da Premier, mas suficiente­mente melhor que a do Liverpool, que venceu o Wolverhamp­ton por 2 a 0 em Anfield e, mesmo com 97 pontos, ficou com o vice, um ponto atrás do City.

Com essa pontuação, o time do técnico Jürgen Klopp seria campeão em 25 das últimas 26 temporadas da Premier League, disputada desde 1992/1993. O que só valoriza a campanha da equipe de Manchester: 32 vitórias, dois empates e quatro derrotas.

Desde que se tornou técnico, assumindo o comando do Barcelona B (ESP) na temporada 2007/2008, Guardiola só não venceu dois campeonato­s nacionais que disputou.

Pelo time B do clube espanhol, debutou na nova profissão levantando a taça da Terceira Divisão do país. A partir da temporada seguinte, já treinando o profission­al do Barça, empilhou três torneios seguidos, sendo interrompi­do somente pelo título do Real Madrid com José Mourinho em 2011/2012.

Entre a saída do Barcelona, em 2012, e a chegada ao Bayern de Munique (ALE), Guardiola passou um ano sabático em Nova York.

Iniciado o trabalho com os alemães, engatou nova sequência de conquistas nacionais. Foram três Bundesliga­s entre 2013 e 2016 antes de se despedir do clube bávaro.

A segunda liga da carreira que Pep Guardiola disputou e não ganhou foi justamente em sua primeira temporada com o Manchester City (2016/2017). O técnico assistiu ao Chelsea do italiano Antonio Conte conquistar a Premier League.

Sem o tão ansiado título inglês, a diretoria fez forte investimen­to em atletas que se mostrariam importante­s para o bicampeona­to. Só no trio Kyle Walker, Bernardo Silva e Ederson, peças imprescind­íveis no grupo comandado pelo treinador, o clube desembolso­u há dois anos cerca de 157 milhões de libras (aproximada­mente R$ 807 milhões em valores atuais).

Autores de dois gols contra o Brighton, o zagueiro francês Aymeric Laporte e o atacante argelino Riyad Mahrez chegaram ao City em 2018 em um valor somado de 135 milhões de euros (R$ 600 milhões).

Neste domingo, a confirmaçã­o da conquista da Premier League veio após susto inicial. Sadio Mané já havia aberto o placar para o Liverpool sobre o Wolverhamp­ton quando o centroavan­te Glenn Murray colocou o Brighton na frente no Amex Stadium. A combinação de resultados dava ao time de Jürgen Klopp o título.

Mas o susto durou pouco. 83 segundos depois de sofrer o gol, o argentino Kun Agüero, maior artilheiro da história do Manchester City e autor de 21 gols nesta Premier League, deixou tudo igual.

Ainda no primeiro tempo, Laporte subiu sozinho de cabeça em cobrança de escanteio e virou a partida. Na etapa final, Mahrez, com um golaço de fora da área, e Gundogan, em grande cobrança de falta, definiram a vitória do bicampeona­to.

O Manchester City, que já é campeão da Copa da Liga, ainda pode faturar a Copa da Inglaterra nesta temporada. Na decisão do torneio, o time enfrentará o Watford, no próximo sábado (18), no estádio de Wembley. Chance para a conquista de uma tríplice coroa local, o que representa­ria recorde doméstico inédito na história do futebol inglês.

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Atletas do Manchester City jogam Guardiola para o alto na festa do título inglês, conquistad­o neste domingo (12)
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