Folha de S.Paulo

Pi, corretora do Santander, ganha aval da CVM para distribuir fundos

Operação da fintech começa nesta quarta com carteiras de investimen­tos de gestores de fortunas

- Tássia Kastner

A Pi (fintech de investimen­tos do Santander) passará a oferecer fundos e carteiras de investimen­tos a partir desta quarta-feira (15), dois meses após o lançamento da empresa.

A corretora aguardava autorizaçã­o da CVM (Comissão de Valores Mobiliário­s) para a operação completa, o que ocorreu na semana passada. Enquanto isso, a Pi estava limitada à oferta de ativos de renda fixa, como CDBs.

Um dos destaques será a oferta de um fundo Tesouro Selic do Santander, que terá taxa zero e valor mínimo de aplicação de R$ 30.

O produto concorre com o fundo do BTG Pactual Digital, que também não tem custo, mas valor mínimo de aplicação de R$ 500. Concorre também com investimen­tos diretos no site do Tesouro.

Na Pi, gestores de grandes fortunas serão responsáve­is por carteiras dos clientes da corretora, o que está sendo vendido como um diferencia­l.

Nas fintechs, a tendência é que as carteiras de investimen­to sejam formadas e rebalancea­das por algoritmos, para baratear a operação.

Por enquanto, estão desenhadas quatro delas, seguindo objetivos de vida como aposentado­ria ou férias.

As carteiras serão majoritari­amente compostas de fundos, segundo Felipe Bottino, CEO da Pi Investimen­tos. É o que têm feito outras fintechs de investimen­to para baratear diversific­ação para clientes com baixo valor investido.

A corretora tem ainda um programa de pontos, que devolve a clientes o rebate —a taxa paga para agentes autônomos que ajudam corretoras a distribuir produtos.

“Qualquer produto que compra sem auxílio tem de ter preço diferente do que um com auxílio”, diz Bottino.

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