Azul faz nova proposta por ativos de companhia aérea
A Azul fez nesta segunda-feira (13) uma nova tentativa de comprar algumas das rotas mais cobiçadas da Avianca Brasil, oferecendo US$ 145 milhões (R$ 573 milhões).
A Avianca Brasil está em recuperação judicial desde dezembro, desencadeando uma feroz batalha por seus slots (autorizações de pouso e decolagem), que deveriam ser vendidos em um leilão de falência suspenso pela Justiça.
A oferta foi apresentada à 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, e a nova UPI (Unidade Produtiva Isolada) contempla horários de chegada e partida como os da ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo.
A Azul diz que tal pedido não invalida o procedimento de alienação judicial das sete unidades produtivas isoladas, na forma do leilão estabelecido no plano de recuperação da Avianca Brasil.
Esse acordo, que envolve 170 slots, foi costurado pelo fundo Elliott (maior credor da aérea) com a participação de Gol e Latam, e foi aprovado pelos credores da Avianca em abril.
A tratativa frustrou a Azul, que chegara a oferecer US$ 105 milhões (R$ 419,3 milhões) por 70 slots da companhia.
“Na visão da Azul, a alienação judicial da nova UPI oferece uma alternativa compreensiva, viável e verdadeiramente implementável, inclusive do ponto de vista operacional, regulatório e concorrencial”, afirmou em comunicado.
A proposta é US$ 5 milhões (R$ 19,8 milhões) maior do que a oferecida por Gol e Latam. O pedido da Azul está sujeito à análise da Justiça.
O plano do Elliott causou uma divisão entre as companhias, e levou a Azul a deixar a Abear, entidade representativa do setor aéreo.
Nas últimas semanas, o presidente da Azul, John Rodgerson, criticou o que considerou um movimento das concorrentes para concentrar o mercado de aviação civil nacional.