Guerra comercial acumula uma semana de ameaças e manchetes
A guerra comercial EUA-China prossegue nas manchetes do New York Times ao South China Morning Post, com enunciados diversos, inclusive ameaças de escalada por Trump, mas também pelos chineses.
Em editorial de capa, o Diário do Povo, do PC, escreveu: “Os EUA não podem controlar a China, e é ainda menos provável que possam impedir o desenvolvimento da China”.
E Hu Xijin, editor-chefe do tabloide Global Times/Huanqiu, também do PC, publicou em mídia social que, além de comprar menos produtos agrícolas e da Boeing, o país “discute como despejar títulos do Tesouro americano”.
Ecoou de imediato nos EUA, com a CNBC criticando o que descreve como “opção nuclear autodestrutiva” da China.
Paralelamente, o secretário de Estado, Mike Pompeo, foi na terça-feira à Rússia posar com o presidente Vladimir Putin, para manchetes sobre conciliação nos jornais moscovitas, como o Kommersant.
E a Foreign Affairs, ligada ao establishment de política externa dos EUA, saiu em defesa de mais ações do governo americano para conter a acelerada aproximação entre Rússia e China, “alimentando as tensões entre os dois”.
Mas nas manchetes do Global Times, também na terça, “Acordo nuclear entre China e Rússia”, de US$ 1,7 bilhão, vai desenvolver usinas chineses “usando tecnologia russa”.
VENDENDO BRASIL
O Financial Times publicou seu primeiro caderno voltado ao país de Jair Bolsonaro, com seis páginas de anúncios de empresas e instituições brasileiras. Concentra-se nas “nova rota comercial” EUA-Brasil, perguntando se o fato de Bolsonaro “ser fã do colega americano” pode ajudar. Reconhece que “investidores começam a perder a fé”, mas diz que a “estrutura de infraestrutura está pronta para investimento”.
FMI VS. CRISTINA
Também no FT, “Reputação do FMI em risco na Argentina”. Menos de um mês após a terceira revisão do maior resgate financeiro da história do Fundo, de US$ 56 bilhões, “em meio a perspectivas sombrias para Mauricio Macri, a crise cambial reacendeu, ameaçando não só o programa do FMI, mas sua reputação”. Resumindo, “uma vitória de Cristina Kirchner seria devastadora para o FMI, dado o seu forte apoio a Macri”.