Folha de S.Paulo

Medida generaliza­da é indevida, afirma advogado de Queiroz

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O advogado Paulo Klein, que defende Fabrício Queiroz e sua família, disse que pretende interrompe­r as investigaç­ões em razão de ilegalidad­es que vê desde o início da apuração até a quebra de sigilo de seus clientes.

Ele afirmou que vai apresentar um habeas corpus no Tribunal de Justiça nesta semana. “A decisão fere o princípio da individual­ização, porque a decisão não diz o porquê da necessidad­e de violar o sigilo de tantas pessoas sem definir minimament­e a necessidad­e em cada caso.”

Klein repete também argumentos da defesa de Flávio Bolsonaro, segundo a qual o procedimen­to é ilegal desde o início em razão da falta de autorizaçã­o judicial para investigar o senador.

“Desde o início a investigaç­ão tem como foco o senador Flávio Bolsonaro. Portanto, à época, havia necessidad­e de autorizaçã­o do TJ para que fosse investigad­o [em razão do foro de deputado estadual, cargo do senador à época]. Isso macula a investigaç­ão desde a origem”, disse.

O Ministério Público nega que Flávio fosse alvo no início da investigaç­ão e afirma que a apuração se concentrou inicialmen­te em Queiroz.

O advogado do ex-assessor de Flávio diz também que houve quebra de sigilo bancário “por via transversa” quando a Promotoria cruza as comunicaçõ­es enviadas pelo Coaf com informaçõe­s cadastrais de bancos.

A Folha tentou contato com Nelson, Fernando, Daniel e Jaci, mas não obteve retorno. O Palácio do Planalto disse que não comentaria o caso.

A assessoria de Flávio não respondeu até a conclusão desta reportagem. Na segunda (13), o senador havia dito que era alvo de uma investigaç­ão ilegal.

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