Folha de S.Paulo

Passeios a partir de Bariloche têm lagos e trechos sem asfalto

No inverno, alguns caminhos exigem pneus especiais ou cobertos por correntes para transpor neve e gelo

- Eduardo Sodré

O passeio pelas estradas próximas a Bariloche deve ser feito nos meses mais quentes. No inverno, pode ser preciso colocar correntes nos pneus ou utilizar um conjunto adequado para rodar sobre neve e trechos congelados da estrada. Além do transtorno, há o risco de acidentes.

No verão, o gelo ao redor das pistas cede lugar a paisagens áridas. O asfalto castigado em alguns trechos combina com carros mais altos e robustos, a exemplo dos utilitário­s compactos da moda. Mas locadoras de veículos da região estão repletas de veículos pequenos feitos no Brasil, preparados para o pior.

Quem está acostumado a viajar por estradas não pedagiadas do Brasil logo vai descobrir que as rodovias argentinas não oferecem os mesmos perigos. Há menos ondulações e buracos.

Os cerca de cem quilômetro­s da Rota dos Sete Lagos foram plenamente asfaltados há quatro anos, mas há trechos de cascalho e terra em algumas saídas da via principal. Quem não tem apreço pela aventura mas deseja circular por essa região precisa consultar alternativ­as que exijam menos dos veículos e de seus ocupantes.

Motoristas dispostos a passar mais de um dia na estrada podem optar por alugar um carro em Buenos Aires e encarar os quase 1.600 quilômetro­s até Bariloche. Porém, é necessário saber que os policiais costumam implicar com turistas nas estradas.

A opção mais tranquila é seguir de avião até a cidade turística —o voo a partir da capital portenha dura pouco mais de duas horas— e de lá sair para conhecer Villa La Angostura, San Martín de Los Andes e El Bolsón.

Entre os lagos visitados nesse roteiro está o Traful, que fica mais escondido e faz parte do Parque Nacional de Nahuel Huapi, no pé da Cordilheir­a dos Andes. O caminho até lá começa em uma estrada cheia de curvas e passa por trechos de terra. A vila da região fica na margem sul, e aí é preciso rodar cerca de uma hora por trechos sem pavimentaç­ão. É um passeio indicado aos motoristas de perfil aventureir­o.

Quem não tem a intenção de abandonar a via principal pode se contentar com o lago Espejo Grande, que oferece pontos para tirar fotos e gravar vídeos. A cerca de 15 quilômetro­s dali está Villa La Angostura, que tem boas opções de restaurant­es e comércio mais farto.

Aos que pretendem ficar indo de um lugar para outro de carro, vale manter o tanque cheio. Há poucos postos de combustíve­l nesse pedaço da Argentina.

A maior parte dessas viagens a partir de Bariloche passa pela Rota 40, a estrada de 5.000 quilômetro­s que corta a Argentina. Essa região da Patagônia tem longas retas com fluxo nos dois sentidos. O melhor é evitar ultrapassa­gens arriscadas e respeitar os limites de velocidade. Dirigir sem estresse é o segredo.

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Divulgação Curvas na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina
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