Alimentos param de subir, e prévia da inflação tem alta menor
A fraqueza dos preços de artigos de residência, alimentação e comunicação ajudou a prévia da inflação oficial brasileira a desacelerar a alta em maio.
Ainda assim, o acumulado em 12 meses foi ao nível mais alto em dois anos, no momento em que o BC busca tempo para avaliar a economia antes de eventual mudança nos juros.
O IPCA-15 avançou 0,35% em maio, ante alta de 0,72% em abril, informou nesta sexta (24) o IBGE.
O resultado foi o mais elevado para o mês desde 2016 (0,86%), mas ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,42%.
Em 12 meses, o IPCA-15 passou a acumular avanço de 4,93%, sobre 4,71% antes. O patamar é o mais alto desde fevereiro de 2017 (5,02%).
Com isso, o índice permanece acima da meta de inflação do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Os grupos Alimentação e Bebidas e Educação tiveram estabilidade no mês.
Os custos de alimentos, que respondem por cerca de 25% das despesas das famílias, perderam força após alta de 0,92% em abril, com quedas em feijão-carioca (-11,55%), frutas (-3,08%) e carnes (-0,52%).