Folha de S.Paulo

EUA mantiveram arquivo sobre Samuel Wainer

- Maurício Meireles mauricio.meireles@grupofolha.com.br

A biografia “Samuel Wainer - O Homem que Estava Lá”, da jornalista Karla Monteiro, que a Companhia das Letras prepara para outubro, revela o conteúdo de cerca de mil páginas de documentos sobre o jornalista guardados pelo Departamen­to de Estado americano.

De acordo com a autora, os papéis revelam que, nos embates que antecedera­m o golpe militar de 1964, Wainer se encontrou diversas vezes com Lincoln Gordon, então embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Na correspond­ência diplomátic­a, o americano chega a se referir ao jornalista como “evil genius” (gênio do mal).

Consciente de que os EUA atuavam contra o governo de João Goulart, Wainer defendia Jango perante os americanos e tentava convencêlo­s de que, se apoiassem as reformas de base que o governo propunha —entre elas a reforma agrária— e estas fossem aprovadas, o presidente renunciari­a em troca.

Os documentos usados na biografia são assinados não só por Gordon, mas também por outros diplomatas. A biografia deve oferecer uma resposta mais detalhada sobre o local de nascimento de Wainer, o que chegou a ser tema de uma CPI nos anos 1950.

policial

Chega em julho às livrarias a mais recente aventura do delegado Espinosa, em “A Última Mulher”, de Luiz Alfredo Garcia-Roza. Nesse novo livro, o personagem se mete em um jogo de gato e rato com um cafetão conhecido seu, a prostituta predileta dele e personagen­s da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. O escritor, a propósito, permanece internado no Hospital Samaritano, no Rio.

terror

A Darkside Books resolveu investir em um portal sobre conteúdo audiovisua­l de terror. Além de notícias, músicas, eventos, o site deve disponibil­izar longas e curtas para assistir, além de investir em produções próprias.

paquistão

Em 2020, o leitor brasileiro terá a chance de conhecer uma poesia não muito difundida por aqui, a paquistane­sa. A Âyiné publicará uma antologia de versos de Ghalib, autor morto em 1869 e um dos grandes poetas do Paquistão. Parte dos versos é escrita em urdu e outra é escrita em persa. A tradução é de Pedro Fonseca.

terrorismo

A editora, aliás, prepara para breve uma tradução de “Terror e Modernidad­e”, da filósofa italiana Donatella di Cesare. Numa abordagem histórica, ela argumenta que o terrorismo não é um fenômeno novo, mas que faz parte do surgimento da modernidad­e.

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‘Duas Vidas’, que conta a história de dois irmãos em uma jornada de descoberta; o livro sai pelo selo Nemo, da Autêntica
Divulgação HQ Página de ‘Duas Vidas’, que conta a história de dois irmãos em uma jornada de descoberta; o livro sai pelo selo Nemo, da Autêntica

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