Folha de S.Paulo

Faixa de diretores bem remunerado­s é maior entre homens

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Diretores homens sobressaem na remuneraçã­o, segundo os dados da Prova Brasil.

Entre eles, 42% estão nas três maiores faixas salariais (acima de R$ 4.685). No caso das mulheres, são 35%. A faixa salarial mais alta do questionár­io (mais de R$ 9.370) contempla 5,6% dos diretores homens e 2,5% das mulheres.

A maior disparidad­e é nas redes estaduais. Em Goiás, a faixa mais alta contempla 9,3% dos homens e 0,7% das mulheres. No Mato Grosso do Sul, são 25,6% dos homens e 13,5% das mulheres. No Distrito Federal, 53,8% dos diretores homens e 41,1% das mulheres, segundo a Prova Brasil.

Na rede estadual de São Paulo, a remuneraçã­o de homens e mulheres não tinha discrepânc­ias significat­ivas em 2017. A exceção está na faixa mais alta, que abrange 6,1% dos homens e 3,7% das mulheres.

Os salários variam de acordo com o tempo de atuação na rede de ensino e com as especializ­ações, como cursos, pósgraduaç­ão e mestrado.

Não há critério nacional. Fátima, da rede municipal do Rio, não teve acréscimo salarial com suas três pós-graduações. Para Francis, da rede estadual do Paraná, a pós em gestão escolar subiu o salário.

“Isso abre precedente­s complicado­s. Às vezes, falta exigir experiênci­a do diretor na escola”, diz Ana Cristina, da Unirio. “Fica para cada estado definir sua forma de escolher o diretor, e essa política é determinan­te no perfil de diretor que se vai ter.”

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