Folha de S.Paulo

Casal troca imóvel maior por menor e vira anfitrião da família

- Luiz Antonio Del Tedesco

Bruno Tavares Baroni nasceu no Ipiranga, em 1987, e morou no bairro da zona sul de São Paulo até se casar, em 2015. Quando ia para o trabalho, na região do Itaim Bibi, passava pela Aclimação e pelo Paraíso e pensava em um dia ir morar por ali. Mas a ideia parecia algo inatingíve­l.

“Aclimação e Paraíso eram bairros dos quais eu gostava muito, mas achava que era meio um sonho distante, por causa dos preços naquela região. Eu nem pensava em procurar apartament­o por lá”, conta o engenheiro civil.

Quando se casou com Natália Yuri Tanaka, 31, foram morar no bairro da Saúde (zona sul) e começaram a buscar um apartament­o para comprar. A ideia era ir para uma região mais central, mais perto do metrô, onde dependesse­m menos de carro e tivessem opções de lazer e cultura mais à mão.

Além disso, o casal queria viver com menos, ter menos coisas no apartament­o. “Não fazia mais sentido, por exemplo, ter uma lavanderia dentro de casa. A gente acaba perdendo espaço útil, além de pagar um IPTU maior”, diz Bruno.

Quando começaram a visitar os prédios, viram que nos dois bairros tão almejados um apartament­o menor do que aquele em que estavam morando caberia no orçamento. O “paraíso” —ou a Aclimação— não parecia mais um sonho tão distante...

Foi então que se depararam com o VN Topazio, da construtor­a Vitacon, na Aclimação. O apartament­o, além de se encaixar no orçamento do casal, atendia a seus principais requisitos.

A decisão foi rápida. O apartament­o de R$ 450 mil foi financiado diretament­e com a construtor­a, em quatro anos. A mudança aconteceu em maio de 2017. O imóvel anterior, na Saúde, tinha 70 metros quadrados, quase o dobro dos 47 metros quadrados atuais. “Mas, mesmo com uma área total bem menor, este apartament­o é muito mais amplo”, diz Bruno.

A lavanderia, por exemplo, que antes tanto chateava o engenheiro, agora é coletiva, fica na área comum e não rouba espaço da casa.

Além disso, o imóvel tem poucas paredes e divisões, assim a área aproveitáv­el ficou bem maior. “Os amigos me dizem que o apartament­o parece ter muito mais espaço do que eu digo que ele tem.”

Com isso, somado ao fato de estar em um bairro mais central, o apartament­o virou o ponto de encontro de parentes e amigos, coisa que quase nunca acontecia quando moravam na Saúde. O último evento promovido pelo casal aconteceu no Dia das Mães. Foi dia de casa cheia.

A mudança de bairro também ajudou na locomoção dos dois, tanto nos compromiss­os relacionad­os ao trabalho quanto ao lazer.

Nas horas livres, aproveitam o parque da Aclimação, que está a 500 metros de distância. Aficionado­s por cinema e teatro, eles frequentam com muita facilidade as salas dos shoppings Paulista e Metrô Santa Cruz.

Na última vez em que foram ao teatro assistiram a “Annie, o Musical”, no Teatro Santander, localizado na avenida Juscelino Kubitschek. “Não levamos nem 20 minutos de casa até lá”, conta Bruno.

Desde que os dois se mudaram para a Aclimação, Bruno passou a ir de bicicleta ao escritório, também na avenida Juscelino Kubitschek, na esquina com a Santo Amaro. Não leva mais do que 25 minutos para completar o trajeto.

Para poder fazer isso, conta com o apoio da empresa em que trabalha, que tem bicicletár­io e vestiário com chuveiro.

O casal ainda tem carro — Natália não se sente segura para ir de bicicleta ao trabalho, e, nas horas de rush, os preços do Uber são muito altos, afirma Bruno.

 ??  ?? O casal Bruno e Natalia (de mãos dadas) recebe os familiares Maurício (esq.), Silvia, Maria Helena, Denis, Neide, Kanato e Rafael (ao lado de Bruno, no chão) para almoço de domingo em seu apartament­o no bairro da Aclimação
O casal Bruno e Natalia (de mãos dadas) recebe os familiares Maurício (esq.), Silvia, Maria Helena, Denis, Neide, Kanato e Rafael (ao lado de Bruno, no chão) para almoço de domingo em seu apartament­o no bairro da Aclimação

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